"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

3ªSÉRIE - ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR: Um Novo Olhar Sobre Salvador




















BTCA E OSBA: PEDRO E O LOBO

ATENÇÃO, GALERA: NÃO PERCAM ESTA PRODUÇÃO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DA BAHIA (OSBA) E BALÉ DO TEATRO CASTRO ALVES (BTCA)!!! PREÇOS POPULARES!!!
HOJE, SEXTA, ÀS 16HS, ACONTECERÁ UM ENSAIO ABERTO, GRATUITO! APAREÇAM!!!
BTCA E OSBA ESTREIAM “PEDRO E O LOBO”A nova montagem proporciona o reencontro dos dois corpos estáveis do TCA e faz apenas duas apresentações a preços populares nos próximos dias 18 e 19 de junho.
A fábula musical "Pedro e o Lobo", do compositor russo Sergei Prokofiev, ganha a sua mais nova versão ao reunir no mesmo palco o Balé Teatro Castro Alves (BTCA), com a direção artística de Jorge Vermelho, e a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA),sob a regência do maestro Carlos Prazeres. O espetáculo, indicado para todas as idades, estreia no próximo dia 18 de junho, sábado, às 16 horas, na Sala Principal do TCA, com mais uma apresentação no domingo, dia 19 de junho, no mesmo horário.Os ingressos custam R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia).Na véspera da estreia, no dia 17 de junho, sexta-feira, acontece ainda um ensaio aberto ao público (entrada gratuita), também às16 horas. A montagem de "Pedro e o Lobo" é a primeira coreografia do BTCA voltada para o público infanto-juvenil em seus 30 anos de existência.
A MONTAGEM – O diretor Jorge Vermelho assina a cenografia e Rino Carvalho assina o figurino, que juntos dão o tom da encenação, onde os animais/personagens da fábula são interpretados pelo elenco de uma forma que esta construção não resvale em estereótipos. Para isso o BTCA encampou um processo de investigação que foi acompanhado pelo seu próprio Núcleo de Pesquisa e teve a coordenação de Lícia Morais. “Foi através deste trabalho que emergiram as provocações que delinearam a construção das personagens, alicerçadas no humanismo das mesmas”, conta Vermelho. A montagem pretende dialogar com o universo fantástico da criação por meio de ferramentas que possibilitem a livre imaginação, inserindo-a ativamente no processo de entendimento da obra.
A HISTÓRIA – Pedro e o lobo é uma história infantil contada através da música. A narrativa, divertida e sensível, gira em torno de Pedro, um menino que cansa de ver suas ovelhas serem mortas pelo lobo mau e, contra a vontade de seu avô, decide ir à caça do lobo com sua espingarda de rolha. Para essa aeventura ele tem a companhia de seu gato Ivan, sua pata Sônia, e da passarinha Sasha, que são seus grandes amigos. Cada personagem da história é representado por um instrumento diferente ou por um conjunto de instrumentos que compõem a orquestra: Pedro (instrumentos de corda); Lobo (trompas); Avô (fagote); Pássaro (flauta); Pato (oboé); Gato (clarinete); Caçadores (tímpanos).
Ficha técnica:
Concepção, adaptação, cenografia e direção artística: Jorge Vermelho;
Direção musical: Carlos Prazeres (OSBA);
Coreografias: Angela Bandeira, Dina Tourinho, Fátima Berenguer, José Antonio Sampaio, Luis Molina e Rita Brandi;
Figurinos e adereços: Rino Carvalho
Iluminação: Irma Vidal e Jorge Vermelho;
Apoio: Centro Técnico do TCA
ATENÇÃO - Os ingressos começam a ser vendidos a partir de hoje, 09/06, na bilheteria do TCA, SAC Shopping Barra e SAC Shopping Iguatemi. Garanta já o seu ingresso.
Mais informações: 3117-4899 (Bilheteria) / 3117-4832 (Ascom) ou acesse: www.tca.ba.gov.br

domingo, 12 de junho de 2011

TEXTO 1 - 3ª SÉRIE: 2ª Unidade 2011

Um novo olhar sobre Salvador

 

Salvador: história e cultura

 

Salvador é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do Brasil. Por isso, e por outra série de características singulares, tornou-se também um dos principais destinos turísticos tanto nacionais quanto internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro.
A cidade é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura. O interesse pela cidade se dá pela beleza do seu conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).
Salvador, primeira Capital do Brasil é abençoada por Todos os Santos. Sua exuberante geografia é dividida em dois andares, cidade alta e baixa. Seu rico patrimônio histórico e cultural foi herdado pela miscigenação das raças (indígena, africana e européia) e está presente na religiosidade, nas manifestações culturais e nos costumes de um povo alegre e hospitaleiro. Esses atributos singulares despertam a curiosidade no imaginário das pessoas, tornando Salvador num excelente produto turístico nacional e internacional.
A Cidade Baixa surgiu com sucessivas ampliações da área de praia original que, a partir de meados do século XVI, chegava ao pé da “montanha” para servir como o Porto da antiga Salvador. Nela foram construídas fortificações, amarras de naus, cais para saveiros e depósitos de mercadorias que iam e vinham de todas as partes do mundo. A primeira área é chamada de Conceição da Praia, cuja base foi erguida em 1549, a mando do capitão Tomé de Souza, o primeiro Governador-Geral do Brasil.
A primeira capital do Brasil guarda em seu território muito da arquitetura da época colonial, abrigando relíquias seculares. Seus museus e palácios de excelência arquitetônica contam como era a vida da suntuosa e imponente Salvador nos tempos de Colônia e Império.
O traço da cidade declara a preocupação dos colonizadores do século XVI em criar uma cidade com boa estrutura de defesa, de maneira que sua porção litorânea fosse guardada pelos fortes sempre vigilantes a possíveis invasões.
O conjunto arquitetônico do Pelourinho está no mais alto sítio da cidade. Seus mais de mil sobrados, solares, palacetes, igrejas e conventos são voltados para o sul, o que remonta o modelo Ibérico de construções, com grandes salões voltados para o poente e quintais em forma de jardins ao fundo. Nestas construções as pedras de lios compõem as alvenarias e o acabamento, feito em azulejos portugueses.
Do século XVII vieram os registros beneditinos com igrejas de grande porte e riqueza. Adornos em madeira, folheados a ouro e pinturas ao teto finalizam estas construções com um toque do Barroco. Os espaços que melhor caracterizam esse período são a Catedral Basílica, o Convento do São Francisco, a Igreja de N. S. do Carmo, a Casa da Misericórdia e a Igreja da Conceição da Praia.
Um século depois, como reflexo da mudança da capital para o Rio de janeiro, a arquitetura torna-se menos vultuosa, contudo ganha em elegância e graciosidade, o que relembra o rococó Barroco. Neste período foram construídas a Igreja de N. S. da Penha da França, N. S. da Conceição do Boqueirão, N. S. da Saúde e Glória e a famosa Igreja de N.S. do Bonfim.
No século XIX cresce a urbanização da cidade, que ganha os sobrados elevados de até quatro pavimentos. A influência neoclássica é dominante com colunas, baixos relevos de guirlandas e medalhões nas fachadas. São datadas desta época as construções do Mercado Modelo (antiga Alfândega) e da sede da Associação Comercial.
No século passado, rompendo com o modelo de arquitetura antiga - marcante em toda a história da cidade, surge um novo traçado arquitetônico com largas avenidas e vales que incorporam prédios pós-modernos de formas não regulares, nos quais o vidro e o concreto são predominantes e contrastam com cores fortes. São exemplos da recente Salvador o prédio da Casa do Comércio, o Centro de Convenções, o Teatro Castro Alves, o Estádio Otávio Mangabeira e os grandes shoppings centers.
Sem esquecer o passado, Salvador entra no século XXI com mais inovações, acompanhando a trajetória mundial. O Plano Inclinado Gonçalves, que liga a cidade alta à cidade baixa, foi revitalizado. O Elevador Lacerda que, além de ter sido restaurado ganhou um posto de atendimento ao turista, conta agora com uma moderna iluminação cênica, capaz de mudar as cores do imponente monumento à medida que o sol se põe. De lá, é possível se obter uma das melhores visões panorâmicas da cidade.
O Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães também foi contemplado pelas inovações, tornando-se um dos aeroportos de melhor infra-estrutura do país. Com a construção do metrô, a cidade consolida a sua vanguarda e escreve um novo capítulo de sua história arquitetônica, lapidada ao longo dos séculos. Na cidade, de traçado singular, convivem em harmonia os antigos casarões e as modernas construções urbanas.

Mercado Modelo: construído no inicio do século XX, instalado no prédio da antiga alfândega construída em meados do século XIX. O prédio original do foi destruído por um incêndio em 1969. A mudança para o prédio da antiga alfândega acontece um ano depois e substituiu o perfil dos serviços oferecidos pelo centro de comércio popular pela exclusiva distribuição de artesanato regional, sendo mantidos os bares e restaurantes de comidas típicas edificado em 1861, o prédio apresenta características neoclássicas e uma forma quadrada, que se harmoniza com uma construção circular em estruturas de madeira. Novamente atingido por um incêndio em 1983, o Mercado Modelo teve, durante a reconstrução do prédio da alfândega, a descoberta dos subterrâneos onde estavam expostas fundações de pedra sob o solo rochoso marinho, as quais também estão abertas à visitação.
A rampa do Mercado Modelo até pouco tempo atrás, recebia os saveiros que viam das localidades banhadas pela Bahia de Todos os Santos ou seus rios afluentes. Na rampa, eram desembarcados os produtos que abasteciam o antigo Mercado Modelos de frutas, farinha, charque, peixes, mariscos e outros gêneros alimentícios, alem de objetos artesanais feitos em barro, como potes, moringas, pratos e panelas confeccionadas nas tradicionais vilas do Recôncavo Baiano.

Elevador Lacerda, Considerado um cartão postal de Salvador, o Elevador Lacerda ressalta a originalidade topográfica de uma cidade separada em dois níveis. Este grandioso monumento arquitetônico surpreende pelo seu porte, 74 metros da base à torre dos elevadores. A primeira torre foi inaugurada em 1873 e a Segunda, em 1930. Transportando, atualmente, mais de 20 mil passageiros por dia, o ascensor foi idealizado e construído pelo engenheiro Antônio de Lacerda em parte com recursos próprios e em parte com doações de comerciantes da cidade. Possui quatro elevadores que fazem o percurso entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa em apenas 11 segundos. Seguindo na direção norte, está o prédio da Associação Comercial, construído em 1817 sobre as fundações do antigo Forte de São Fernando.  Localiza-se a segunda área, abrangendo o Solar do Unhão – também fruto de aterros que conquistaram o mar entre os séculos XVI e XX e único conjunto arquitetônico com elementos rurais no espaço urbano da cidade.

 

Salvador: história e cultura

Culinária, artesanato, manifestações populares e religiosas, arquitetura e memória. São esses elementos que formam a cultura de um povo. Mas em Salvador, este conceito de cultura extrapola o limite de qualquer definição e compreende um universo inesgotável de riquezas, e alegrias. A mistura de credos, lendas, cores e raças, resultado da comunhão entre o indígena, o europeu e o africano, foi incorporada por Salvador e pode ser apreciada através de suas manifestações culturais cultivadas durante o ano inteiro. A capoeira, o candomblé, o maculelê e o carnaval são algumas destas representações populares. Desde sua arquitetura secular, passando pela diversidade rítmica, até a sua literatura: tudo em Salvador da Bahia é único.

Do axé ao bolero, do reggae ao clássico. Salvador é um caldeirão musical, que ferve ao som de todos os ritmos. Dança ao som de todas as músicas. Cintila sobre todas as cores de todos os corpos de tanta gente. Salvador é fé. A mesma fé que move os que acreditam do candomblé ao espiritismo. Salvador tem espaço para todos os credos. Tem espaço para todas as tribos, para todos os gostos e todas as necessidades. A noite ferve para os jovens, os bares da orla divertem a boemia. Há lugar para gente de todas as idades. De todas as línguas.

Passadas através de gerações, as manifestações populares são um forte traço cultural da cidade de Salvador. O folclore da cidade reúne elementos artísticos feitos do povo para o povo, sempre ressaltando o caráter de tradicional destas representações.

Embora os espetáculos teatrais já fizessem parte da cidade de Salvador desde a sua fundação, somente em 1957 a capital baiana ganha seu primeiro teatro: o Teatro Santo Antônio, construído em uma das salas do Solar Santo Antônio, que até hoje faz parte das instalações da Escola de Teatro da UFBA. Até então, os espetáculos eram apresentados em auditórios adaptados em colégios, clubes e praças públicas da capital. O segundo a surgir foi o Teatro Vila Velha, em 1964.

Os fortes são patrimônios históricos, símbolos de um passado de lutas e bravuras da cidade. Estas construções suntuosas continuam sendo o cenário que povoa o imaginário dos que as conhecem, com suas lendas e episódios reais do tempo da colonização. Os Fortes de Santo Antônio da Barra, São Diogo, Santa Maria e Nossa Senhora de Monte Serrat podem ser visitados sem restrições. Já os fortes de São Pedro e Santo Alberto requerem a autorização prévia do Exército para os grupos de visitação.

Salvador: uma variedade de atrativos

História, natureza, fé e diversão. Assim podem ser divididos os roteiros por Salvador. Nas cidades Alta ou Baixa, atrativos não faltam para surpreender o visitante o ano inteiro. São casarões, igrejas e alto-astral no Pelourinho; burburinho e acarajé no Rio Vermelho; lavagem e fitinhas no Bonfim; praias badaladas e rústicas no Litoral Norte... E no verão ainda tem festas de rua e muito carnaval. A variedade é grande nesta encantadora cidade.

Pelourinho
Nenhum outro lugar reflete tão bem a alma da Bahia quanto o Pelourinho. Abandonado durante muito tempo, quando ficou entregue à prostituição, à violência e ao tráfico de drogas, o centro histórico da cidade recuperou o esplendor em meados dos anos 90, quando teve início o processo de restauração. Considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o bairro na Cidade Alta, tem mais de 800 casarões dos séculos XVII e XVIII restaurados e coloridos. Vielas, ladeiras e largos concentram igrejas, museus, bares, restaurantes, lojas e um vaivém de gente de Salvador, do Brasil e do mundo.

Igreja e Convento de São Francisco
Centenas de quilos de ouro enchem de brilho os altares da igreja mais rica do país. Considerado um dos mais extraordinários monumentos do barroco mundial, o templo de São Francisco, erguido em 1723, tem ainda balaustradas em jacarandá negro, pinturas ilusionistas e uma bela imagem de São Pedro de Alcântara. O convento, que faz parte do complexo, tem o pátio interno com paredes revestidas de azulejos portugueses que reproduzem o nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais.

Festas religiosas
De dezembro a fevereiro, Salvador ganha a energia das festas religiosas. Conhecidas como Festas de Largo, reúnem missas, procissões e muita animação. A temporada é aberta com os festejos à Santa Bárbara, que tem como ponto alto a distribuição de caruru - guisado de quiabo e camarão. Já a Lavagem do Bonfim arrasta uma multidão atrás das baianas que banham com água-de-cheiro as escadarias do templo. As festividades se encerram no Dia de Iemanjá, um pré-Carnaval que toma conta das ruas do Rio Vermelho logo após a entrega das oferendas à rainha do mar.

Noite no Rio Vermelho com acarajé
Salvador tem uma barraquinha de acarajé em cada esquina, mas para experimentar os quitutes preparados pelas baianas mais famosas da capital siga para o bairro do Rio Vermelho. No Largo de Santana, Dinha e Regina demarcaram seus territórios, reunindo turistas e soteropolitanos que têm por sua baiana favorita a mesma paixão que carregam por seus times do coração.

Praias do Norte
No caminho para o aeroporto ficam as melhores praias para banhos de Salvador. Itapoã, além do charme do farol, tem areias claras e águas verdes que formam piscinas naturais. Stella Maris intercala pontos com ondas e outros protegidos, reunindo surfistas e banhistas; enquanto Flamengo, mais rústicas e com paisagem de coqueiros e dunas, é ponto de encontro da turma jovem.

Solar da Unhão
Um dos mais belos conjuntos arquitetônicos às margens da Baía de Todos os Santos, o Solar do Unhão abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia, reunindo mais de duas mil obras de pintores brasileiros como Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila do Amaral. Construído no século XVII em alvenaria de pedra para ser a residência do desembargador Pedro Unhão Castelo Branco, o solar foi adaptado para fins comerciais, sendo composto por casa-grande, senzala, capela, armazém e cais. Reformado em 1962 teve seu jardim transformado em Parque das Esculturas, exibindo peças de artistas como Caribé e Mário Cravo.

Elevador Lacerda
A maneira mais original de circular entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa é através do Elevador Lacerda, um dos marcos da capital baiana inaugurado em 1872. Com 72 metros de altura, liga a Praça Tomé de Souza (parte alta) à Praça Cairu, onde fica o Mercado Modelo. Restaurado em 2002, ganhou nova iluminação noturna e janelas panorâmicas que descortinam o cais e o mercado. São quatro cabines, sendo que a 1 e a 2 são originais, utilizadas desde a inauguração. As de número 3 e 4 são da obra de 1930, quando a construção ganhou feições art déco.

Salvador: além da culinária baiana

Influenciada por culturas diversas, a culinária baiana combinou ingredientes e criou suas próprias receitas. Da África veio o dendê, fruto que dá origem ao perfumado azeite, marca registrada de pratos como moqueca, bobó, vatapá (creme de peixe e amendoim), caruru (guisado de quiabo e camarão) e acarajé (bolinho de feijão-fradinho recheado com camarão e vatapá). Os negros trouxeram ainda o gosto pelas pimentas. Já a influência indígena está presente no uso da mandioca, enquanto os portugueses marcam presença nos doces, como o quindim e a ambrósia. E até os asiáticos deixaram heranças, traduzidas pelo uso constante do coco, nas panelas e nos tabuleiros.

Mas não só da tradicional comida baiana vive o soteropolitano. Por toda a Salvador da Bahia encontramos restaurantes das mais diversas e exóticas cozinhas internacionais, atendendo ao mais variado paladar, de maneira que um dos bons programas da cidade é optar por um passeio gastronômico. São muitas as opções da cidade e seja qual for a sua escolha, difícil mesmo será resistir à tentação de lambuzar-se dos mais diferentes sabores oferecidos na cidade. Escolha então seu restaurante e se delicie.

Trapiche Adelaide
Com vista privilegiada da Baía de Todos os Santos, o Trapiche Adelaide é sinônimo de bom gosto em Salvador. O restaurante traz cardápio assinado atualmente pelo chef Luciano Boseggia e atrai muita gente charmosa. O Trapiche Adelaide conta com instalações muito confortáveis, adega de vinhos e estacionamento próprio. Serve um delicioso camarão ao molho de damasco, amêndoas e abacaxi.

Amado
O restaurante Amado é especializado na chamada cozinha contemporânea brasileira, que oferece fusões de pratos e ingredientes de várias regiões do país. Dentre os itens do cardápio estão carne-de-sol, frango e peixe. O estabelecimento tem capacidade para 150 pessoas e abre para o almoço e jantar, no estilo à la carte ou executivo.

Bar da Ponta
Ambiente tranqüilo e sofisticado, o Bar da Ponta tem uma magnífica vista para a Baía de Todos os Santos e o atendimento é de primeira. O bar é do mesmo dono do Trapiche Adelaide e funciona anexo ao restaurante. Os pratos são uma reinterpretação das receitas típicas de botequim. Um exemplo é o queijo coalho de búfala com abacaxi. Os pratos servidos na chapa são boa opção para quem quer algo mais substancioso.

Jardim das Delícias
Misto de restaurante, café e antiquário, tem mesas no arborizado quintal e música ao vivo no almoço e no jantar. Restaurante Jardim das Delícias é especializado em cozinha regional e conta com ambiente agradável. Atende de 12:00 a 24:00 horas e serve sarapatel, carne defumada, moqueca e cocada de côco verde entre outras coisas.

Mistura Fina
O restaurante oferece pratos que são feitos com elementos da culinária baiana e italiana. São 72 pratos principais e 15 sobremesas. O bufê de antepastos inclui: lagosta, camarão, mexilhões, queijos, presuntos, legumes grelhados, alcachofras, salmão, dentre outros itens. A sugestão da casa é a lagosta mediterrânea, com molho de alcaparras, batatas cozidas ou brócolis.

Paraíso Tropical
A decoração é simples com passarinhos e micos compondo o ambiente cercado por muitas árvores. No restaurante Tropical tudo é comandado pelo simpático chef Beto, que produz as receitas exclusivas do local. No tempero substitui-se o azeite de dendê pela própria fruta, o coentro é trocado por folhas de tangerina. Esses são alguns dos segredos do Paraíso Tropical. As frutas tropicais utilizadas no cardápio são cultivadas na área do próprio restaurante. Recentemente, além do antigo restaurante do bairro do Cabula, foi inaugurado também um outro restaurante no bairro do Rio Vermelho. Entre os destaques do cardápio, está a Moqueca de Calapolvo (camarão, lagosta e polvo) e as famosas travessas de frutas como cortesia da casa. Para beber, os sucos de frutas tropicais são os mais pedidos.

Salvador: e onde fica?

Pelo ar, pelo mar ou pela terra, seja qual for a sua opção todos os caminhos lhe convidam à Salvador da Bahia. A cidade está localizada em um ponto privilegiado do atlântico sul, o que faz dela atrativa e acessível a todo o mundo. A forma mais rápida e confortável é chegar de avião, mas também é possível chegar através de rodovias nacionais e regionais e pela via marítima, através de lanchas que aportam nas marinas ou em um dos muitos cruzeiros que aportam no porto da cidade.

A formação geográfica da cidade, de forma triangular e cercada pelo mar em 3 lados, concede condições privilegiadas para se aproveitar o sol enquanto uma suave brisa sopra constantemente, tornando o clima muito agradável.

AVIÃO
Para chegar a cidade você pode seguir direto de avião ate o Aeroporto Internacional de Salvador, existem vários vôos diários para a cidade. Salvador é servida por diversos vôos nacionais e internacionais, sejam eles regulares ou Charter. Conheça o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães e as principais companhias aéreas que operam na cidade.

CARRO
Você pode chegar a Salvador por via terrestre, pelas rodovias BR-101 (litorânea) e BR-116, fazendo o prolongamento com a BR-324.
Pacotes

Salvador: primeira Capital do Brasil

Salvador é, sem dúvida, uma das cidades mais belas do Brasil. Por isso, e por outra série de características singulares, tornou-se também um dos principais destinos turísticos tanto nacionais quanto internacionais. Famosa pela sua história, pelo legado deixado por povos de outros continentes, pela miscigenação cultural, pelo sincretismo religioso e pelo povo hospitaleiro.

A cidade é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura. O interesse pela cidade se dá pela beleza do seu conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).

Salvador, primeira Capital do Brasil é abençoada por Todos os Santos. Sua exuberante geografia é dividida em dois andares, cidades alta e baixa. Seu rico patrimônio histórico e cultural foi herdado pela miscigenação das raças (indígena, africana e européia) e está presente na religiosidade, nas manifestações culturais e nos costumes de um povo alegre e hospitaleiro. Esses atributos singulares despertam a curiosidade no imaginário das pessoas, tornando Salvador num excelente produto turístico nacional e internacional.

Salvador: uma variedade de atrativos

História, natureza, fé e diversão. Assim podem ser divididos os roteiros por Salvador. Nas cidades Alta ou Baixa, atrativos não faltam para surpreender o visitante o ano inteiro. São casarões, igrejas e alto-astral no Pelourinho; burburinho e acarajé no Rio Vermelho; lavagem e fitinhas no Bonfim; praias badaladas e rústicas no Litoral Norte... E no verão ainda tem festas de rua e muito carnaval. A variedade é grande nesta encantadora cidade.

Pelourinho
Nenhum outro lugar reflete tão bem a alma da Bahia quanto o Pelourinho. Abandonado durante muito tempo, quando ficou entregue à prostituição, à violência e ao tráfico de drogas, o centro histórico da cidade recuperou o esplendor em meados dos anos 90, quando teve início o processo de restauração. Considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, o bairro na Cidade Alta, tem mais de 800 casarões dos séculos XVII e XVIII restaurados e coloridos. Vielas, ladeiras e largos concentram igrejas, museus, bares, restaurantes, lojas e um vaivém de gente de Salvador, do Brasil e do mundo.

Igreja e Convento de São Francisco
Centenas de quilos de ouro enchem de brilho os altares da igreja mais rica do país. Considerado um dos mais extraordinários monumentos do barroco mundial, o templo de São Francisco, erguido em 1723, tem ainda balaustradas em jacarandá negro, pinturas ilusionistas e uma bela imagem de São Pedro de Alcântara. O convento, que faz parte do complexo, tem o pátio interno com paredes revestidas de azulejos portugueses que reproduzem o nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais.

Festas religiosas
De dezembro a fevereiro, Salvador ganha a energia das festas religiosas. Conhecidas como Festas de Largo, reúnem missas, procissões e muita animação. A temporada é aberta com os festejos à Santa Bárbara, que tem como ponto alto a distribuição de caruru - guisado de quiabo e camarão. Já a Lavagem do Bonfim arrasta uma multidão atrás das baianas que banham com água-de-cheiro as escadarias do templo. As festividades se encerram no Dia de Iemanjá, um pré-Carnaval que toma conta das ruas do Rio Vermelho logo após a entrega das oferendas à rainha do mar.

Noite no Rio Vermelho com acarajé
Salvador tem uma barraquinha de acarajé em cada esquina, mas para experimentar os quitutes preparados pelas baianas mais famosas da capital siga para o bairro do Rio Vermelho. No Largo de Santana, Dinha e Regina demarcaram seus territórios, reunindo turistas e soteropolitanos que têm por sua baiana favorita a mesma paixão que carregam por seus times do coração.

Praias do Norte
No caminho para o aeroporto ficam as melhores praias para banhos de Salvador. Itapoã, além do charme do farol, tem areias claras e águas verdes que formam piscinas naturais. Stella Maris intercala pontos com ondas e outros protegidos, reunindo surfistas e banhistas; enquanto Flamengo, mais rústicas e com paisagem de coqueiros e dunas, é ponto de encontro da turma jovem.

Solar da Unhão
Um dos mais belos conjuntos arquitetônicos às margens da Baía de Todos os Santos, o Solar do Unhão abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia, reunindo mais de duas mil obras de pintores brasileiros como Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila do Amaral. Construído no século XVII em alvenaria de pedra para ser a residência do desembargador Pedro Unhão Castelo Branco, o solar foi adaptado para fins comerciais, sendo composto por casa-grande, senzala, capela, armazém e cais. Reformado em 1962 teve seu jardim transformado em Parque das Esculturas, exibindo peças de artistas como Caribé e Mário Cravo.

Elevador Lacerda
A maneira mais original de circular entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa é através do Elevador Lacerda, um dos marcos da capital baiana inaugurado em 1872. Com 72 metros de altura, liga a Praça Tomé de Souza (parte alta) à Praça Cairu, onde fica o Mercado Modelo. Restaurado em 2002, ganhou nova iluminação noturna e janelas panorâmicas que descortinam o cais e o mercado. São quatro cabines, sendo que a 1 e a 2 são originais, utilizadas desde a inauguração. As de número 3 e 4 são da obra de 1930, quando a construção ganhou feições art déco.

Salvador: além da culinária baiana

Influenciada por culturas diversas, a culinária baiana combinou ingredientes e criou suas próprias receitas. Da África veio o dendê, fruto que dá origem ao perfumado azeite, marca registrada de pratos como moqueca, bobó, vatapá (creme de peixe e amendoim), caruru (guisado de quiabo e camarão) e acarajé (bolinho de feijão-fradinho recheado com camarão e vatapá). Os negros trouxeram ainda o gosto pelas pimentas. Já a influência indígena está presente no uso da mandioca, enquanto os portugueses marcam presença nos doces, como o quindim e a ambrósia. E até os asiáticos deixaram heranças, traduzidas pelo uso constante do coco, nas panelas e nos tabuleiros.

Mas não só da tradicional comida baiana vive o soteropolitano. Por toda a Salvador da Bahia encontramos restaurantes das mais diversas e exóticas cozinhas internacionais, atendendo ao mais variado paladar, de maneira que um dos bons programas da cidade é optar por um passeio gastronômico. São muitas as opções da cidade e seja qual for a sua escolha, difícil mesmo será resistir à tentação de lambuzar-se dos mais diferentes sabores oferecidos na cidade. Escolha então seu restaurante e se delicie.

Trapiche Adelaide
Com vista privilegiada da Baía de Todos os Santos, o Trapiche Adelaide é sinônimo de bom gosto em Salvador. O restaurante traz cardápio assinado atualmente pelo chef Luciano Boseggia e atrai muita gente charmosa. O Trapiche Adelaide conta com instalações muito confortáveis, adega de vinhos e estacionamento próprio. Serve um delicioso camarão ao molho de damasco, amêndoas e abacaxi.

Amado
O restaurante Amado é especializado na chamada cozinha contemporânea brasileira, que oferece fusões de pratos e ingredientes de várias regiões do país. Dentre os itens do cardápio estão carne-de-sol, frango e peixe. O estabelecimento tem capacidade para 150 pessoas e abre para o almoço e jantar, no estilo à la carte ou executivo.

Bar da Ponta
Ambiente tranqüilo e sofisticado, o Bar da Ponta tem uma magnífica vista para a Baía de Todos os Santos e o atendimento é de primeira. O bar é do mesmo dono do Trapiche Adelaide e funciona anexo ao restaurante. Os pratos são uma reinterpretação das receitas típicas de botequim. Um exemplo é o queijo coalho de búfala com abacaxi. Os pratos servidos na chapa são boa opção para quem quer algo mais substancioso.

Jardim das Delícias
Misto de restaurante, café e antiquário, tem mesas no arborizado quintal e música ao vivo no almoço e no jantar. Restaurante Jardim das Delícias é especializado em cozinha regional e conta com ambiente agradável. Atende de 12:00 a 24:00 horas e serve sarapatel, carne defumada, moqueca e cocada de côco verde entre outras coisas.

Mistura Fina
O restaurante oferece pratos que são feitos com elementos da culinária baiana e italiana. São 72 pratos principais e 15 sobremesas. O bufê de antepastos inclui: lagosta, camarão, mexilhões, queijos, presuntos, legumes grelhados, alcachofras, salmão, dentre outros itens. A sugestão da casa é a lagosta mediterrânea, com molho de alcaparras, batatas cozidas ou brócolis.

Paraíso Tropical
A decoração é simples com passarinhos e micos compondo o ambiente cercado por muitas árvores. No restaurante Tropical tudo é comandado pelo simpático chef Beto, que produz as receitas exclusivas do local. No tempero substitui-se o azeite de dendê pela própria fruta, o coentro é trocado por folhas de tangerina. Esses são alguns dos segredos do Paraíso Tropical. As frutas tropicais utilizadas no cardápio são cultivadas na área do próprio restaurante. Recentemente, além do antigo restaurante do bairro do Cabula, foi inaugurado também um outro restaurante no bairro do Rio Vermelho. Entre os destaques do cardápio, está a Moqueca de Calapolvo (camarão, lagosta e polvo) e as famosas travessas de frutas como cortesia da casa. Para beber, os sucos de frutas tropicais são os mais pedidos.

Salvador: e onde fica?

Pelo ar, pelo mar ou pela terra, seja qual for a sua opção todos os caminhos lhe convidam à Salvador da Bahia. A cidade está localizada em um ponto privilegiado do atlântico sul, o que faz dela atrativa e acessível a todo o mundo. A forma mais rápida e confortável é chegar de avião, mas também é possível chegar através de rodovias nacionais e regionais e pela via marítima, através de lanchas que aportam nas marinas ou em um dos muitos cruzeiros que aportam no porto da cidade.

A formação geográfica da cidade, de forma triangular e cercada pelo mar em 3 lados, concede condições privilegiadas para se aproveitar o sol enquanto uma suave brisa sopra constantemente, tornando o clima muito agradável.

AVIÃO
Para chegar a cidade você pode seguir direto de avião ate o Aeroporto Internacional de Salvador, existem vários vôos diários para a cidade. Salvador é servida por diversos vôos nacionais e internacionais, sejam eles regulares ou Charter. Conheça o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães e as principais companhias aéreas que operam na cidade.

CARRO
Você pode chegar a Salvador por via terrestre, pelas rodovias BR-101 (litorânea) e BR-116, fazendo o prolongamento com a BR-324.
Pacotes
No decorrer do século XVII, registram-se, possivelmente, as primeiras grandes obras de melhoramento do engenho. Além de uma beleza incomparável, o Solar do Unhão guarda uma rica história do tempo do Brasil colônia até os dias de hoje. Em 1690 o local serviu como residência do Desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco até o ano de 1700, quando foi vendido a José Pires de Carvalho e Albuquerque, um rico senhor-de-engenho que o transformou num engenho de açúcar à beira-mar. Marca dessa época a sua fase áurea com a grande produção de açúcar e os altos preços do produto. Os símbolos desse tempo são os painéis de azulejo português e o chafariz que datam do século XVIII.
Com o declínio da economia açucareira, o Solar foi arrendado, período em que passou por um processo de relativo declínio. No início do século XIX, a propriedade pertencia a Antônio Joaquim Pires de Carvalho e Albuquerque, Visconde da Torre de Garcia D'Avila, sendo utilizada como residência urbana da família. Nas instalações do engenho de açúcar funcionou uma fábrica de rapé, entre os anos de 1816 a 1928. Para atender as necessidades da fábrica, foram construídos diversos galpões e instalados trilhos para veículos de processamento e transporte de fumo. O arrendatário, o suíço François Meuron, desativou a capela e transferiu suas imagens e objetos de culto para a matriz de Nossa Senhora da Conceição da Praia.
A partir de 1948, o Solar passa a ser um trapiche, e posteriormente um depósito de inflamáveis, chegando a ser transformado em quartel para os fuzileiros navais que serviram na Segunda Guerra Mundial. Antes do fim da guerra o Solar é tombado pelo IPHAN (instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional).
Ao final da década de 40, uma fábrica de derivados de cacau passa a funcionar nas dependências do Solar. Após a tranferência da mnesma, este vem a ser ocupado por diversas manufaturas e oficinas, o que viria acelerar o processo de degradação do conjunto.
O Projeto de construção da Avenida contorno, representou uma séria ameaça para o solar do Unhão, que já incluia a demolição de algumas das suas dependências. Protestos da Imprensa e a interferência do IPHAN conseguiram alterar o traçado das pintas, assegurando a integridade do conjunto arquitetônico, que foi então adquirido pelo Estado para sediar o Museu de Arte Moderna da Bahia. Após um trabalho de restauração com projeto da arquiteta Lina Bo Bardi, o MAM foi inaugurado em 1969. Na área externa do Solar do Unhão funciona o Parque das Esculturas, um museu a céu aberto inaugurado em 1997.

Parque de Esculturas – inaugurado em janeiro de 1998, oferece à cidade um espaço que concilia arte, natureza e lazer em uma área contígua ao Solar do Unhão e onde antes existia uma favela.
O espaço ao ar livre, que também engloba a entrada do Museu e o estacionamento, reúne 23 esculturas de 20 artistas, entre baianos e de outros estados, como: Bel Borba, Carybé, Chico Liberato, Emanoel Araújo, Fernando Coelho, Juarez Paraíso, Mário Cravo Júnior, Mestre Didi, Sante Scaldaferri, Siron Franco, Tati Moreno e Vauluizo Bezerra. Consistindo em uma área expositiva representativa dos principais nomes da escultura moderna e contemporânea brasileira. Os diversos níveis da encosta do Parque são interligados por trilhas pavimentadas e escadarias, além de uma passarela de madeira próxima ao mar. De qualquer parte do Parque, visualizam-se obras de arte e descortina-se a exuberante paisagem da Baía de Todos os Santos. A beira mar estão as obras feitas por Carybé, que também assina o projeto de um painel de concreto, localizado na parte final do jardim e do portal de entrada. Na parte superior da encosta, na área de entrada do Museu, encontra-se um mirante de cerca de 200 m² circundado por um portal de ferro. A estrutura representa o sol e símbolos do acarajé, uma das últimas obras executadas por Carybé (1911-1997).
O Portal foi concebido tanto para guardar, protegendo física e simbolicamente o espaço, quanto para permitir o acesso dos visitantes, verdejante paraíso da encosta, espécie de Éden voltado para a arte, situado no declive geológico moldado para contrapor a produção simbólica em escultura com o cenário esculpido pela natureza.
O mirante, onde se encontra o gradil de Carybé, é, na realidade, o teto da área reservada para abrigar parte da obra de Rubem Valentim (1922-1991), um dos pontos fortes da coleção do Museu, que reúne em seu acervo 50 obras do artista, estando parte delas - 30 - em exibição permanente nessa Sala Especial.
À saída da sala Rubem Valentim posiciona-se as esculturas dos também baianos Juarez Paraíso (1934) e Chico Liberato (1936). O primeiro é autor de Gestação, peça em fibra de vidro acoplada à parede, a qual estabelece um diálogo entre as características de tridimensionalidade da escultura e a planaridade do muro, uma alusão aos desafios da arte muralista, ele próprio um artista com vasta experiência em obras murais.
No local onde era a senzala foi instalado um restaurante de comidas regionais da Bahia. A casa grande abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia. E a capela continua uma bela homenagem à Nossa Senhora da Conceição. Dizem que ainda hoje o Solar do Unhão é povoado pelas almas dos antigos escravos, mortos nas masmorras e salas de tortura. Se elas estão lá, nada falam: se calam ao ouvir o jazz das tardes de sábado, se juntam às pessoas que vão lá apreciar tanta beleza.  E hoje é um ponto turístico de Salvador, local de encontro dos soteropolitanos e daqueles que nos visitam. Foi adquirido pelo Governo do Estado para sediar o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), que após restauração das instalações foi inaugurado em 1969 (hoje o museu tem um representativo acervo de arte contemporânea, com cerca de mil obras). Alem das oito salas de exposição, teatro-auditório, sala de vídeo e a biblioteca especializada do museu.

Fundação Casa de Jorge Amado: Inaugurada no dia 07 de março de 1987, a fundação Casa de Jorge Amado foi idealizada e instituída com o objetivo de preservar, estudar e difundir o trabalho do grande romancista, assim, como a arte e cultura da Bahia. Ocupa o casarão que fica de frente para o Largo do Pelourinho, em Salvador. Fachada no estilo colonial, janelas amplas a deixar a luminosidade e a ventilação tornarem o mais arejado possível o ambiente, paredes externas azuis para contrastar com a variada tonalidade dos demais casarões localizados nessa histórica região de Salvador, a Fundação Casa de Jorge Amado não poderia ter sido estabelecida em lugar mais apropriado e digno senão no Pelourinho. Possui várias atividades e um núcleo de pesquisas, com documentação sobre o próprio Jorge Amado e a literatura baiana, aberta à visitação e dando destaque a cursos, seminários, oficinas, ciclos de conferências, palestras, lançamentos de livros e discos, exposições, com enfoque nos temas literários, artísticos e das ciências humanas.

MUSEUS

Museu de Arte da Bahia: foi fundado em 1918, no Governo do Dr. Antônio Moniz de Aragão, pelo historiador Francisco Borges de Barro. No local do prédio atual existia, no séc. XIX, uma casa nobre, residência do rico comerciante José Cerqueira Lima, vendida em 1858, ao Prof. Francisco P. D’Almeida Sebrão, instalando-se aí o Colégio São José. Em 1879, o Governador Geral adquire o imóvel para torná-lo, após ampla restauração, residência oficial dos Presidentes da Província da Bahia e Palácio dos Governadores, após a República.

Em 1925/1927, na administração do Governador Góes Calmon, o edifício foi totalmente reconstruído – dentro de inspiração neocolonial – para sediar a Secretaria de Educação e Saúde do Estado. Nada mais restara, a esta altura, da antiga casa nobre em estilo colonial. O novo e imponente prédio, conhecido como “Palácio da Vitória”, foi enriquecido com vários elementos arquitetônicos, oriundos de demolição de outros solares, à exemplo da magnífica portada seiscentista com moldura em arenito, formando desenho de tranças e frontão com volutas, datado de 1674. A sua porta monumental, em vinhático e jacarandá, é toda ela entalhada com vários painéis retangulares com expressivos mascarões em baixo relevo. Esta bela portada é proveniente da demolição do Solar João de Aguiar de Matos, situado na Ladeira da Praça, no centro histórico desta cidade.
Os silhares de azulejos portugueses que se encontram no auditório do museu, pertenceram a um solar situado à rua do Saldanha, assim como os elementos de talha barroca, montados como corrimão da escada, são originários da antiga Igreja do Convento de Santo Antônio do Paraguassu, no Recôncavo baiano.
Ainda encontramos uma série de estátuas em mármore, - quatro são alegorias das 4 estações – que anteriormente guarneciam a entrada do “Elevador”, na Praça Municipal, antes da sua reforma nos anos 30.
Acervo: Pinturas, mobiliário dos séc. XVIII e XIX, objetos de vidro, cristais, tapeçaria, porcelanas chinesas, jóias, telas e peças sacras.
O Museu de Arte da Bahia possui ainda no seu acervo, uma série de cerca de 200 desenhos de Carybé, datados de 1950, gravuras de renomados artistas brasileiros, e estrangeiros, além de fotografias antigas e importantes documentos históricos.

Museu da Gastronomia Baiana – parte integrante do Complexo SENAC Pelourinho é também o primeiro dedicado ao tema da gastronomia na América Latina. Foi inaugurado em agosto de 2006. 
Possui ainda em sua estrutura um teatro, uma arena, uma loja de souvenir e um restaurante, todos devidamente "musealizados", como define o curador Raul Lody.
O museu já é um espetáculo só por sua arquitetura. Ao entrar, cumpre-se um circuito que começa nas Muralhas de Santa Catarina, o mais antigo e importante marco arqueológico de Salvador, que estão destacadas com projeto luminotécnico e painel apresentando as referências iconográficas e textuais. Seguido pela exposição permanente, vêem-se grandes painéis assinados por fotógrafos renomados que abordam temas culturais diversos, como as comidas sagradas do candomblé. As fotografias ampliadas compõem os cenários humanos, reunindo maneiras de comer, as festas de largo, as baianas de acarajé e outros temas que mostram a diversidade de comer na rua, na casa, na festa e em cerimônias religiosas.
Resumindo o MGBA é organizado em três espaços:
O primeiro é a exposição de longa duração, lugar dedicado às referências sobre a formação e multiculturalidade da comida na Bahia.
O segundo espaço é o Restaurante Típico, coração do circuito, lugar musealizado que oferece quarenta pratos das receitas tradicionais da Bahia e doze sobremesas, todas de valor e de forte significado na identidade nativa.
O terceiro espaço é a loja: “Doces & Livros” onde o visitante terá acesso à ampla produção de publicações sobre gastronomia das Editoras do SENAC, além de uma linha de oito doces em compota, especialmente produzidos para a loja, além do cafezinho amigo que é a celebração do bem receber tipicamente brasileiro.
Integram o circuito também a galeria Nelson Daiha, centro de fomento cultural de artistas locais, e a Sala São Salvador, reunindo objetos de interesse histórico para a cidade.
Parte importante da cultura baiana, a culinária típica faz parte dos elementos que explicam a essência, a história e o sincretismo religioso da Bahia.

Solar do Ferrão – Se chamou Solar do Maciel, o segundo mais antigo Solar do século XVII. José Sotero Maciel de Sá Barreto comprou o terreno, construiu para morar. Era um homem do comércio.
José Sotero Maciel de Sá Barreto, edifica o Solar do Maciel. Depois do Solar do Maciel, ele transfere o solar para os jesuítas, os jesuítas fazem lá o seu seminário. Com a saída dos jesuítas, o solar é rematado em hasta pública por Joaquim Inácio Ferrão de Aragão; então, o solar ganha o nome de Solar do Ferrão, inclusive com a ladeira ao lado, que passou a ser Ladeira do Ferrão.
Bem mais tarde, este solar é adquirido pelo Centro Operário que lá instala sua sede e uma mesquita para oração dos Malês, para a oração dos islâmicos, escravos islâmicos na Bahia. Ali funcionou uma mesquita de Alcorão.

Chamado de "A Casa Nobre do Pelourinho", o prédio foi tombado em 1938 pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Passou por várias reformas e nos dias atuais, funcionam o Museu Abelardo Rodrigues e uma biblioteca inteiramente informatizada.
O Solar do Ferrão abriga três importantes coleções: de arte sacra, do Museu Abelardo Rodrigues; de arte africana Panáfrica, da coleção Claudio Masella; e de arte popular, da coleção Lina Bo Bardi. O encontro entre estas expressões artísticas possibilita um diálogo único entre as matrizes identitárias que colaboraram para a formação do povo brasileiro: a indígena, a portuguesa e a africana.
O Ferrão também é sede da Galeria Solar Ferrão, espaço dedicado à arte contemporânea. A realização de exposições temporárias dinamiza o local propondo uma ponte entre o passado e o presente e possibilitando aproximações que atualizam e ressignificam a produção artística.
As três coleções de arte, em diálogo com as produções artísticas contemporâneas da Galeria, proporcionam um vigor e dinamismo que consolidam o Centro Cultural Solar Ferrão como um dos principais centros de arte e cultura
do Pelourinho.
Além dos espaços expositivos citados, o público tem à disposição, ainda, a Biblioteca Manuel Querino. Especializada
em história da Bahia, antropologia, arquitetura, urbanismo, arte e sociologia, é composta por cerca de oito mil livros e 300 periódicos. Também faz parte do Solar o Laboratório Fotográfico (LAFO), com arquivo composto por cerca de 150 mil imagens do patrimônio edificado da Bahia.
§  Fragmentos: Artefatos Populares, o Olhar de Lina Bo Bardi – A mostra apresenta objetos que representam a expressão popular encontrada no Nordeste. A exposição destaca as peças remanescentes da coleção que Lina Bo Bardi reuniu em sua passagem por cidades e zonas rurais da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, entre as décadas de 50 e 60.
§  PANÁFRICA: Apresenta um recorte especial das principais obras reunidas ao longo de 35 anos pelo industrial italiano. As obras revelam a pluralidade e o refinamento da produção artística africana, através de 860 peças escolhidas entre as mais de 1.076 obras doadas pelo colecionador ao Governo do Estado, em 2004. Dividida em três módulos, Máscaras, Estatuetas e Utensílios, além de duas salas especiais para os Ibejis e Colonizadores. As obras da Coleção Claudio Masella são representativas da arte africana produzida no século XX. Apesar das características estéticas de povos e países específicos, não se pode precisas o local de produção de muitas delas, pois já possuem traços diferenciados da sua origem. PANÁFRICA apresenta, desta forma, o trabalho de artistas africanos que tinham a tradição como referência, mas que já adicionavam aos seus trabalhos traços de modernidade e uma lógica de mercado.
§  Museu Abelardo Rodrigues: inaugurado em 5 de junho de 1981, no andar nobre do Solar do Ferrão, guarda a mais valiosa coleção de arte sacra particular do Brasil. São imagens em madeira, barro cozido, marfim, pedra e metal, além de oratórios, imagens de Roca, e santeiros populares, pinturas, altares, crucifixos e fragmentos de talha expostos numa área de 536 metros quadrados. A coleção contém mais de 800 peças reunidas pelo pernambucano que dá nome ao museu. As obras datam do período entre os séculos XVIII e XIX.

Museu Carlos Costa Pinto –Inaugurado em 5 de novembro de 1969, e situado no corredor da Vitória, na cidade de Salvador, o Museu Carlos Costa Pinto tem origem na coleção particular do comerciante e exportador de açúcar Carlos Costa Pinto (1885 - 1946), reunida ao longo de 30 anos. Instalado no casarão em estilo colonial americano projeto dos arquitetos Euvaldo Reis e Diógenes Rebouças, está o Museu Carlos Costa Pinto. Destinada, inicialmente, à residência da família, a casa nunca foi habitada e uma série de adaptações para comportar a sua nova função foi feita ao longo de sua existência. As alas direitas (térreo e 1º andar) conservaram aspectos da antiga residência do casal (quartos e salas), ou seja, figuram como exposição ambientada. As alas esquerdas (térreo e 1º andar) foram modificadas no roteiro de visitação, na confecção de novas vitrines, na iluminação e na climatização.
Doado pela viúva Margarida de Carvalho Costa Pinto, o acervo do museu possui um acervo de 3.175 obras de artes decorativas dos séculos XVII ao XX divididos em 12 coleções: Cristal, Desenho, Diversos, Escultura, Gravura, Imaginária, Mobiliário, Ordens Honoríficas, Ourivesaria, Pintura, Porcelana e Prataria. Formada a partir da aquisição de bens de famílias tradicionais da cidade, a coleção conta com objetos que decoravam as residências da Bahia colonial e imperial - os sobrados do Pelourinho e os engenhos do Recôncavo, por exemplo -, assim como os interiores de conventos e igrejas. As peças de origens diversas, relacionadas à cultura e vida social baiana, mostram aspectos do cotidiano e da história da região no correr de quatro séculos.
Um dos destaques do Museu é a coleção de pratarias (religiosa, civil e regional), uma das maiores do Brasil, exposta de acordo com a função dos objetos. Da ourivesaria sacra podem ser vistos objetos litúrgicos variados: cálices; cruzes e lanternas processionais; vasos para água e vinho; castiçais, conchas de batismo etc. Da ourivesaria civil (ou profana), melhor representada, fazem parte objetos de uso cotidiano e aqueles utilizados em ocasiões especiais, como nascimentos, casamentos, saraus e batizados. A maioria das peças pertence à segunda metade do século XVIII - considerado o auge da ourivesaria -, algumas pertencem ao século XVII e poucas ao século XIX.
As jóias constituem outro ponto alto da coleção do Museu. Por meio delas é possível conhecer não apenas os adereços que adornam as imagens sacras, mas também as jóias usadas pelas mulheres das elites e aquelas que compõem o traje das crioulas baianas. A coleção do Museu possui 27 pencas de balangandãs de prata, datadas dos séculos XVIII e XIX.

Palacete das Artes/Museu Rodin Bahia – situa-se na Rua da Graça, no bairro homônimo, em Salvador. Constitui-se de um prédio antigo e um anexo moderno. O projeto de arquitetura do Rodin Bahia, de autoria dos arquitetos Marcelo Ferraz e Francisco Fanucci, promove um diálogo entre o secular e o contemporâneo, buscando uma relação de equilíbrio entre eles na configuração dos três grandes ambientes: o palacete, o edifício anexo e o parque das esculturas. A parte antiga, o casarão propriamente dito, é uma construção de 1912, realizada para moradia de um rico empresário local, Bernardo Martins Catharino, com seus múltiplos espaços distribuídos pelos três pavimentos.  O projeto é do arquiteto Baptista Rossi, de origem italiana. Foi construído no estilo eclético, com elementos decorativos em art nouveau. Para sua construção foram importados materiais, operários e artistas europeus. Em 2006 foi feito, pelo governo da Bahia, o restauro do imóvel antigo e construído um anexo, com projeto do renomado arquiteto Marcelo Ferraz, ao seu fundo, para sediar exposições diversas. O prédio histórico foi destinado a abrigar esculturas do artista francês, Auguste Rodin, com peças em gesso, e nos jardins externos, em bronze, autenticadas, feitas em Paris. Com a mudança da administração estadual, em 2007, houve uma interrupção do processo de vinda das esculturas em gesso que, finalmente, se realizou em outubro deste ano, com a chegada de 62 peças, inclusive quatro obras emblemáticas do autor, de grande porte, tais como "O Beijo", "O Pensador", "Homem Caminhando" e "Eva Nua". A proibição de fotografá-las fez com que elas não constem nessa reedição. O anexo moderno, de 2006, abriga rotineiramente exposições itinerantes de artistas plásticos diversos. Bem vindos a antiga "Villa Catharino".

O Jardim de Esculturas – Em referência aos jardins do Hotel Biron, decorados com esculturas de Rodin, esse jardim tropical também traz obras em bronze do mestre da escultura.

IGREJAS

Igreja Nossa Senhora da Conceição da Praia – O terceiro templo erguido no mesmo local em louvor à santa de devoção do fundador da cidade Tomé de Souza foi iniciado em 1736. A construção atual, com fachada de característica neoclássica e interior com decoração inspirada no barroco joanino, teve sua conclusão em 1849. A igreja tem o teto em perspectiva de José Joaquim da Rocha, fundador da escola baiana de Pintura e principal pintor sacro brasileiro. As pedras que compõem a fachada do templo vieram de Lioz, em Portugal. As torres, dispostas em diagonal, conferem uma monumentalidade original ao templo. O teto da nave, obra prima de José Joaquim da Rocha, mostra uma pintura ilusionista feita entre 1772 e 1773.
A técnica de Rocha baseada principalmente no pintor italiano Andréa Pozzo, era "alongar" as paredes da igreja até uma abertura pintada no forro, que mostra o céu, onde a corte celeste plena, voltada para os fiéis.


Igreja e Convento de São Francisco: É um dos melhores modelos da primeira época do estilo barroco. Ou como se diz usualmente, do estilo “colonial”. É toda revestida de talha dourada, que lhe dá a aparência de uma grande “igreja de ouro”. Na sua decoração aparecem numa profusão exuberante as formas arabescas, cuja unidade e estilística é talvez só interrompida pelo traçado retilínio do teto.
Em 1587, chegaram a Salvador os primeiros franciscanos e o convento começou a ser construído um século depois. As obras da igreja foram iniciadas na primeira metade do século XVIII. A planta da igreja é incomum entre as edificações franciscanas do Nordeste, pois tem três naves, ao passo que o desenho mais usual conta com apenas uma nave. A fachada, voltada para um grande largo onde existe um cruzeiro, tem influência maneirista, com duas torres laterais relativamente simples e um volume central mais decorado, especialmente no frontão. A fachada barroca é, especificamente, de 1723. Barrocos também são os painéis de azulejos portugueses, que reproduzem o nascimento de São Francisco e sua renúncia aos bens materiais.
O interior é formado por talha de madeira com todos os símbolos do barroco; folhas de acanto, pelicanos, flores, anjinhos, sereias etc. Segundo a lenda seus construtores utilizaram mil quilos de ouro em pó para moldar a talha. A nave central, cortada por outra menor, forma a cruz do Senhor. As pinturas do teto têm forma de estrelas. Hexágonos e octógonos exaltam Nossa Senhora.
O teto da sacristia está dividido em 48 quadros pintados com emblema da Ordem no centro. A sacristia também possui 18 painéis a óleo sobre a vida de São Francisco. Os dois púlpitos laterais são talhados com folhas de videira, pássaros e frutos colhidos por meninos e recobertos de ouro. Podem ser vistas também esculturas do grande santeiro baiano Manuel Inácio da Costa. O lavabo de pedra, com imagem de Santo Antônio, é de 1710. Os azulejos inspiram-se na caça e na pesca.
O átrio entre a sacristia e a igreja apresenta azulejos com cenas bíblicas e, no teto pintura de perspectiva, com a figura de Cristo Ressuscitado. A escada que conduz ao claustro
O convento foi construído em torno de um claustro quadrado, tem um sub-solo e dois pavimentos sobre o nível da rua. Sua decoração mostra ricos painéis de azulejo da primeira metade do século XVIII, parte deles criada por Bartolomeu Antunes de Jesus em 1737, em Lisboa.

Igreja de São Domingos: Iniciada em 1731 e concluída seis anos depois. Possui fachada em estilo rococó e talha atual neoclássica. A planta é típica das igrejas do início do século XVIII, com corredores laterais e tribunas superpostas, teto da nave em concepção ilusionista  e os painéis do Salão Nobre são atribuídos a José Joaquim da Rocha, sendo os azulejos da Capela-Mor retratos de São Domingos.

Casa Pia e Colégio dos Órfãoes de São Joaquim: Edifício de notável mérito arquitetônico que compreende colégio, capela e instalações de captação de água da encosta, transformada em banheiro do orfanato no século passado. A construção se desenvolve em torno a um grande pátio em dois pavimentos. A capela apresenta uma galilé de três arcos, superposta por tribunas em lugar de coro como na solução tradicional franciscana e beneditina. A pintura do teto é de José Teófilo de Jesus de 1826 alusiva à Anunciação da Virgem, bem como os três quadros para altares alusivos a S. Pedro de Alcântara, N. Senhora e Santíssima Trindade na capela-mor; ainda da mesma autoria, os quadros de Santana, S. Joaquim e a Virgem no altar ao lado do Evangelho; representando a morte de S. José assistida por Cristo e a Virgem no altar do lado da Epístola. Trabalharam nas obras de talha inúmeros irmãos no período de 1722 a 1748, mas a talha atual dos altares, púlpito, tribunas e coro é neoclássica. Possui mobília de jacarandá do séc. XIX no Salão Nobre.
Construção conventual desenvolvida em torno a um imenso claustro. A igreja apresenta uma solução curiosíssima. O eixo da nave é paralelo à fachada principal. Esta disposição permitiu que o volume da igreja, não interferisse no claustro. Separadamente planta e fachada tem como modelo as igrejas matrizes e de irmandade do começo do séc. XVIII, mas reinterpretadas de maneira criativa. Os corredores são substituídos pela galilé e galeria do claustro. O corpo central da fachada não corresponde à nave com coro elevado da solução tradicional, mas sim à galilé e tribunas superpostas. Em 1826 José Teófilo de Jesus executa a pintura do teto da igreja.
O edifício onde hoje funciona a Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim foi doado em 1724 à Companhia de Jesus por Domingos Affonso, mas passou a pertencer à Coroa com a expulsão dos jesuítas, caindo em ruínas. Após restauração pela Corporação do Comércio, em 13 de maio de 1822, o edifício foi doado à Casa Pia dos Órfãos, por mediação do governador D. Francisco de Assis Mascarenhas, o Conde de Palma, realizando-se sua inauguração, em 12 de outubro de 1825, dia do aniversário do imperador D. Pedro I.
O instituto foi denominado Colégio dos Órfãos de São Joaquim, em homenagem ao Irmão Joaquim, seu instituidor que se dedicou de corpo e alma à filantropia, à educação e à instrução das crianças pobres. (FUNDAÇÃO GREGÓRIO DE MATOS, 2006).
A instituição foi criada com o intuito de cuidar do seguinte público jovem dando-lhes uma profissão:
filhos de feirantes da feira de São Joaquim; (Em verdade Feira de Água de Meninos- nota própria)
filhos de mães solteiras que não tinham com quem deixá-los quando saiam para trabalhar; filhos de famílias carentes do bairro; filhos e netos de escravos (a instituição foi fundada na época em que se consolidava o processo da abolição da escravatura).
No início, na instituição dos Órfãos de São Joaquim havia apenas oficinas para cursos técnicos como sapateiro, pedreiro, eletricista, carpinteiro, ferreiro com o intuito de profissionalizar mão de obra e inserir estes menores no mercado de trabalho e, no caso dos filhos e netos de escravos, oferecer-lhes uma profissão inserindo-os na nova realidade.
Hoje, abriga apenas escola nível primário com projetos para introduzir cursos de informática, hotelaria, garçom e cozinheiro. O objetivo é continuar atendendo a jovens, adaptando-se à realidade atual.

Forte de São Pedro: Construído no lugar escolhido pelos holandeses em 1624 para uma fortificação, foi erguido entre 1646 e 1723. Ocupa um lugar estratégico para a defesa do limite sudoeste da cidade colonial e tinha como objetivo principal impedir o acesso à Salvador de invasores desembarcados no Porto de Barra. Sua concepção, em forma quadrada com quatro baluartes traçados em forma de ponta de lança, representou um avanço para a época. Neste forte, os militares brasileiros se rebelaram pela primeira vez contra o governo colonial português em 1822, iniciando a guerra pela independência do Brasil.

Forte de Santo Alberto: Localizado na praia entre a cidade baixa e a ponta de Monte Serrat, na cidade de Salvador, no litoral do Estado da Bahia.
Sua edificação remonta à antiga Torre de São Tiago, cujos vestígios arqueológicos foram descobertos ao final do século XX, em torno da qual será erguida muralha e aterro (1590). Concluído em 1610, figura na "Planta da cidade de Salvador" (João Teixeira Albernaz, 1616) como Reduto ou Estância de Santo Alberto da Praia, artilhado com duas peças.
Foi ocupado pelos holandeses nas invasões de 1624 e de 1638. A planta dessa época, figurada no "Mapa da Baía de Todos os Santos" (Albernaz, 1631), exibe um polígono quadrangular regular com 30 palmos de lado e dois baluartes circulares nos vértices pelo lado de terra, artilhado com duas peças.
A atual edificação data de 1694, sob a invocação de Santo Alberto (Fortim de Santo Alberto ou Fortinho de Santo Alberto). De acordo com as Cartas Topográficas das fortalezas da Bahia, de José Antônio Caldas (c. 1764), sua estrutura apresentava planta no formato de um polígono hexagonal irregular, dominado por um torreão circular pelo lado da entrada, sobre o terrapleno, contendo as dependências de serviço do forte. Estava artilhado pelo lado do mar, cruzando fogos com o Forte de Santo Antônio Além do Carmo, de quem é contemporâneo, protegendo o ancoradouro e a aguada das embarcações em Água de Meninos.
Com a vitória brasileira na Guerra da Independência (1822-23), é o Forte de Santo Alberto quem, a 02/jul/1823, dá o tiro autorizando o embarque das forças do Coronel Inácio Luís Madeira de Melo (1775-1833) para Portugal (Souza, 1885). Mais tarde fica conhecido como Forte da Lagartixa, provavelmente devido a um tipo de canhão assim denominado à época. Em 1863, a Comissâo que examinou as fortalezas de Salvador considerou-a em bom estado de conservação, matém nove peças (Souza, 1885). Barreto (1958) atribui-lhe, na mesma data (1863), sete peças de calibre 24 libras.
Afastado do mar pelas obras de ampliação e modernização do porto de Salvador, após a 2ª Guerra Mundial (1939-45), abrigou o Serviço Veterinário do Exército. Restaurado, está aberto ao público, dentro do Projeto de revitalização das Fortalezas Históricas de Salvador, da Secretaria de Cultura e Turismo em parceria com o Exército. Para os aficcionados da telecartofilia, sua muralha de pedra com ameias ilustra um cartão telefônico da série Fortes de Salvador, emitida pela Telebahia (jun/1998).

Glossário:
Galilé é uma construção arquitetônica, que se situa no exterior do edifício e é constituída por telhado ou cobertura, que protege a entrada da Igreja. Por vezes é decorada com arcos, estátuas, trabalho em ferro etc.
Numismática é o estudo essencialmente científico das moedas e medalhas, porém na atualidade o termo “numismático” vem sendo empregado como sinônimo ao colecionismo de moedas, incluindo também o estudo dos objetos "monetiformes", ou seja, assemelhados às moedas.
Silhar é o nome que, em construção, dá-se à pedra lavrada em formato quadrangular, usada para o revestimento de paredes.
Constitui-se num dos elementos decorativos da arquitetura, principalmente no período neoclássico.

Referências:
http://www.expoart.com.br
http://www.fundacaocultural.ba.gov.br/04/revista%20da%20bahia/Artes%20Plasticas/rodin.htm
http://www.cidteixeira.com.br
http://www.turismo.salvador.ba.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=26
http://www.visiteabahia.com.br/visite/salvador/index.php
http://www.turismo.salvador.ba.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=24&Itemid=26
ttp://www.culturatododia.salvador.ba.gov.br/vivendo-polo.php?cod_area=3&cod_polo=22
http://www.grupomel.ufba.br/textos/download/mestre_vitorino.pdf
Fonte: Cd-room IPAC-BA: Inventário de proteção do acervo cultural da Bahia, Bahia, Secretaria de Cultura e Turismo.