"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

quinta-feira, 23 de maio de 2013

ATENÇÃO 1ᵃ SÉRIE: OS CONTEÚDOS PARA A AVALIAÇÃO CONCLUSIVA (VALOR 4,0) DA 1ᵃ UNIDADE SÃO:
TEXTO 1: O QUE É CULTURA
TEXTO 2: ARTE NA NOSSA VIDA
TEXTO 3: REFLETINDO SOBRE A ARTE
TEXTO 4: DIVERSAS MANIFESTAÇÕES NAS ARTES VISUAIS.

TODOS OS TEXTOS ESTÃO AQUI NO BLOG!

LEMBREM-SE: ESTUDAR NÃO É APENAS LER O TEXTO. É NECESSÁRIO SE APROPRIAR DAS IDEIAS, MANUSEÁ-LO, FAZER UM RESUMO OU ESQUEMA, GRIFAR TRECHOS IMPORTANTES, PESQUISAR IMAGENS RELACIONADAS AOS TEXTOS NA INTERNET, ENTRE OUTRAS ESTRATÉGIAS.
TEM PESSOAS QUE GOSTAM DE FALAR EM VOZ ALTA, COMO SE ESTIVESSE EXPLICANDO PARA ALGUÉM.... OUTROS PREFEREM OUVIR SUA PRÓPRIA VOZ GRAVADA FALANDO AS PARTES MAIS IMPORTANTES.... ENFIM, DESCUBRAM QUAL O JEITO QUE VOCÊS APRENDEM MELHOR!
                       ACREDITAMOS NO SUCESSO DE VOCÊS!!!! :D
Bjo, 
Inês/ Marília, Soninha e Dora

1ª SÉRIE - 1ª UNIDADE - TEXTO 4 - 2013

DIVERSAS MANIFESTAÇÕES NAS ARTES VISUAIS
                                                                                    (baseado em texto de Jô Oliveira e Lucília Garcez)

DESENHO: pode ser definido como a arte de representar objetos por meio de linhas e sombras. Na história da humanidade, antes mesmo de representar a realidade pela escrita, os homens desenhavam. As primeiras expressões artísticas são desenhos: os desenhos das cavernas.
Podemos dizer que o desenho vem antes de todas as coisas que o homem produz: roupas, sapatos, casas, edifícios, pontes, automóveis, aviões, móveis, computadores, utensílios, ferramentas, louças, eletrodomésticos, aparelhos eletrônicos... O desenho é a matriz de outras formas de expressão visual que têm como base um esboço: a pintura, a gravura, a escultura, e às vezes até mesmo o cinema, pois muitos diretores famosos gostam de desenhar personagens ou cenas que imaginam antes de filmá-las.
O desenho em preto e branco é feito com lápis, carvão ou lápis-de-cera sobre papel. Há diversas técnicas e diferentes tipos de desenho, dependendo do material que é usado, do tema e do objetivo que o desenhista tem em mente.

BICO-DE PENA: a técnica de desenho o bico-de-pena é muito antiga. Este desenho baseia-se no uso criativo e primoroso do ponto e da linha. Em suas infinitas variações, cruzamentos e combinações, o ponto e a linha criam formas, relevos, texturas, tonalidades, luz e sombra.
Na Idade Média, os monges começaram a difundir esse tipo de desenho, que era feito com um instrumento de bambu ou de pena de ganso. No Renascimento, essa técnica foi muito apreciada. Alguns artistas associaram o bico-de-pena com a aquarela alcançando efeitos maravilhosos. A tinta tradicional é o nanquim preto, embora se possam usar também os coloridos. Hoje há diversos tipos de caneta. A mais comum é a de metal para mergulhar na tinta.

HISTÓRIA EM QUADRINHOS: O desenho é a base da história em quadrinhos. Nessa forma de expressão, o artista trabalha com narrativa, seqüência, continuidade e movimento. A história em quadrinhos é uma manifestação moderna, pois surgiu a partir da Revolução Industrial e do progresso técnico que permitiu a impressão e a distribuição de revistas em larga escala.
Essas histórias surgiram primeiramente nos jornais, em tiras, para atrair mais leitores adultos, e caíram no gosto das crianças. Por volta de 1930 surgiram as revistas exclusivamente de histórias em quadrinhos, e os heróis americanos se tornaram conhecidos em todo o mundo. Hoje, são os japoneses que fazem sucesso.
O artista gráfico usa uma variedade imensa de recursos e artifícios no seu trabalho: enquadramento, perspectiva, efeitos de luz e sombra, movimento, expressões faciais e corporais para seduzir o leitor e evitar a monotonia. As histórias em quadrinhos obedecem a uma série de princípios, que são:
1. Os personagens são de fácil reconhecimento no decorrer da história. Nunca envelhecem nem mudam de roupa ou de cabelo. Os heróis são bons e bonitos, e os seus adversários são malvados e feios.
2. Os diálogos vêm dentro de balões que apontam para a pessoa que fala.
3. O pensamento tem um balão com uma fila de bolinhas na direção do personagem.
4. Os ruídos, expressos por meio de onomatopéias, vêm dentro de um balão cheio de pontas.
5. Os gritos são expressos por maiúsculas grandes e sussurros são expressos por meio de letras pequenas e com o balão feito de linhas pontilhadas.
6. Imagens traduzem conceitos: serrote = ronco; lagartos, caveiras e bombas = palavrões...

No enquadramento dos elementos o desenhista utiliza o recurso do cinema com a técnica de planos de perspectiva.
Os planos:
a) Plano de exagero: utiliza só a parte do rosto ou detalhe de um objeto.
b) Plano médio: da cabeça aos ombros.
c) Plano geral: toda a figura.
d) Plano 3/4 ou americano: até os joelhos.
Perspectivas:
a) Para conseguir uma visão de longa distância.
b) De tomada de cima.
c) De tomada de baixo.
Expressões: riso, pranto, raiva, desprezo, assombro, dúvida, meditação.
Balões: Normalmente, o balão apresenta formas distintas e é colocado à direita do personagem. Nele escrevem-se os textos que correspondem aos diálogos, sons inarticulados, pensamentos, metáforas visuais e ruídos visuais, de acordo com o que expressa o personagem.
Metáforas visualizadas: expressam o estado físico e psíquico dos personagens. Normalmente são acompanhados de recursos gráficos. Os recursos gráficos dão vida e movimento aos desenhos.
Onomatopéia: Significa imitar um som com um fonema ou palavra. Ruídos, gritos, canto de animais, sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopéias. As onomatopéias, em geral, são de entendimento universal.

PINTURA: A pintura é o ramo da arte visual que, com o uso de tinta para criar linhas e cores, representa sobre uma superfície as concepções do artista. Na pré-história a tinta era conseguida a partir da madeira, ossos queimados, cal, terra, minérios em pó, misturados à água ou a gordura dos animais. Durante muitos séculos os templos, os palácios e as casas eram decoradas com pinturas feitas com pigmentos misturados à argamassa fresca e úmida com que se fazia o acabamento das paredes: os afrescos.
Do século V até o século XVI, na Europa, o pigmento retirado dos elementos da natureza era misturado com gema de ovo e água para obter a tinta conhecida como têmpera. Mas, além de secar muito rapidamente, a têmpera, ao endurecer, rachava-se.
No início do século XV, os pintores começaram a misturar os pigmentos no óleo de linhaça. Essa invenção é atribuída ao pintor Jan Van Eyk (1390 – 1441). Já que o óleo demorava mais a secar, foi possível detalhar melhor o trabalho e alcançar mais luminosidade.
Por volta de 1840, as tintas passaram a ser vendidas em tubos, facilitando a vida dos artistas, que já não precisavam mais fabricar suas próprias tintas. Essa técnica permitiu novos efeitos e formas de acabamento. Além do pincel, os pintores passaram, pouco a pouco, a usar espátulas e os trabalhos começaram a apresentar uma textura diferente: com relevo e excesso de tinta.
O desenvolvimento da indústria permitiu o uso de resinas acrílicas (plásticas) na fabricação de tintas que são diluídas em água, não tem cheiro forte, secam mais rapidamente que a tinta a óleo e permitem uma variedade muito grande de efeitos. Hoje há uma infinidade de recursos à disposição dos artistas e uma liberdade ilimitada para trabalhar com os materiais.

GRAVURA: Algumas técnicas permitem que a obra de arte tenha várias cópias. A partir de uma matriz, pode-se reproduzi-la várias vezes. Uma dessas técnicas é a gravura.
Um pouco antes da invenção da imprensa de letras móveis e combináveis, por Gutenberg, surgiu a gravura na madeira, ou xilogravura. Pequenos folhetos com imagens de santos e orações eram produzidos nessa técnica no fim da Idade Média, para serem distribuídos entre os devotos.
Depois evoluíram para a gravura em metal, técnica de gravar com ácido sobre o metal (cobre, zinco ou aço), que é usada até hoje por muitos artistas.
Por volta do século XVIII, surgiu a litografia, que é uma técnica em que a matriz é feita de pedra calcária. O desenho é feito diretamente na pedra bem lisa, com pena e tinta ou lápis cera, que penetra nos poros da pedra. Terminado o desenho, espalha-se sobre a pedra uma mistura de água, goma arábica e ácido nítrico. Passa-se água e depois tinta sobre a pedra. A área desenhada retém a tinta e a pedra molhada a repele. O papel é colocado em contato com a pedra e recebe a impressão exata do desenho.
A serigrafia é outra técnica que trabalha com matriz. Era conhecida pelos chineses, mas somente chega ao ocidente no século XIX. A serigrafia imprime em qualquer superfície: papel, madeira, porcelana, tecido, metal. Usa uma matriz de tecido fino (seda, tecido sintético, tela), que é esticada e montada numa moldura.

ESCULTURA E MODELAGEM: Nas artes visuais a forma em três dimensões tem um espaço muito importante. A Escultura e a Modelagem consideram a largura, altura e profundidade, ou seja, as três dimensões do objeto.
As primeiras formas, assim, talvez tenham sido feitas na pré-história, por modelagem na terra úmida. Os artesãos passaram depois a usar materiais mais duráveis, como o barro cozido (terracota). Com o progresso na criação de ferramentas, chegaram a esculpir a madeira, a pedra, o marfim e, finalmente, os metais. Muitas vezes a produção de imagens em três dimensões estava associada a crenças, ritos religiosos ou costumes, mas transformou-se numa arte independente dessas práticas.
A Modelagem trabalha com material flexível: barro, argila, cera, massa, pastas plásticas industrializadas. Alguns desses materiais são colocados em alta temperatura (900°c) para endurecerem, outros secam apenas em contato com o ar.
Há filmes animados a partir de bonecos de massa plástica que têm feito muito sucesso.
A Escultura é a arte que trabalha com materiais duros, cortando-os com instrumentos adequados para obter uma forma desejada. Ela representa a forma em qualquer um desses materiais: madeira, pedra, marfim, mármore, metais. Há esculturas em vários tamanhos e algumas são colocadas ao ar livre para apreciação do público.

FOTOGRAFIA: As grandes descobertas científicas trouxeram novas possibilidades para a criação artística e abriram novos horizontes expressivos. No início do século XIX, conhecimentos sobre ótica e química permitiram o nascimento da fotografia.
O químico francês Nicéfhore Niépce conseguiu a primeira imagem colocando uma placa de estanho tratada por emulsão especial de betume-da-judéia em exposição ao sol por oito horas. Ele fixou uma vista do pátio de sua casa.
Louis Daguerre, colaborador de Niépce, aperfeiçoou esta técnica, diminuindo o tempo de exposição. Suas imagens ficaram conhecidas como daguerreóticos. Neste período foram feitas, ainda com muita dificuldade, várias imagens de pessoas importantes, cenas de guerra, monumentos, paisagens.
A fotografia chegou no Brasil em1840, através do abade LOUIS COMPTE, capelão de um navio-escola francês que aportou de passagem pelo Rio de Janeiro. Ele trouxe a novidade de Paris para a cidade, introduzindo a DAGUERREOTIPIA no país. Apresentou o daguerreótipo ao imperador D. Pedro II (na época com 14 anos de idade), que entusiamado, adquiriu um desses aparelhos, possivelmente a primeira máquina desta arte em mãos brasileiras.Tornou-se assim, o primeiro fotógrafo brasileiro com menos de 15 anos de idade! Mais tarde, já um grande colecionador e um verdadeiro incentivador dessa arte, atribuiu títulos e honrarias aos principais fotógrafos atuantes no país. Promoveu a arte fotográfica brasileira e difundiu a nova técnica por todo o país.
No fim do século XIX, após constantes progressos, a fotografia com filme em rolo e máquina portátil já estava sendo usada. Nessa época certos pintores menos prezaram a fotografia e passaram a vê-la apenas como meio de substituir o modelo vivo nos primeiros passos da pintura de retratos.
Os fotógrafos, por sua vez, compreenderam que poderiam usar a técnica não apenas como um documento da realidade, mas como uma forma de expressão artística que poderia provocar emoções e transmitir idéias e pensamentos.

Linguagens audiovisuais

CINEMA: O cinema faz parte da vida de todos nós. Sua invenção foi possível a partir dos progressos na técnica da fotografia associados a idéias antigas, como a dos primeiros teatros de sombras (sombras que os orientais projetavam em uma parede para contar uma história), das marionetes e da lanterna mágica (figuras ampliadas e projetadas a partir de vidros ilustrados diante da iluminação de uma vela – século XVII).
Todos eles utilizam a capacidade do olho humano de guardar por um décimo de segundo uma imagem. Quando as diversas fases sucessivas de um movimento são decompostas em imagens independentes (fotogramas) e projetadas numa velocidade de vinte e quatro imagens por segundo, criam no espectador a ilusão do movimento contínuo.
Em sua origem o cinema era mudo e em preto-e-branco. Os primeiros filmes são de curta duração (um ou dois minutos) e mostram cenas do cotidiano captadas ao ar livre por uma câmera fixa. A primeira exibição pública de um filme, “A chegada de um trem à Estação de Ciotat”, é realizada em dezembro de 1895, em Paris, pelos irmãos Auguste e Louis Lumière. Os dois franceses haviam criado o cinematógrafo, aparelho capaz de exibir imagens em movimento, e são considerados os inventores do cinema.
É nos Estados Unidos que se concentra a produção e são montados os primeiros estúdios de filmagem, em Hollywood. Além dos documentários, o gênero de filme mais comum é a comédia, baseada na mímica, alma do cinema mudo. Durante a exibição dos filmes mudos era comum a música de fundo ser tocada por um pianista ao vivo. A grande estrela dessas produções é Charles Chaplin (1889-1977), o Carlitos.
Em 1927 surge o primeiro filme falado: “O Cantor de Jazz”, um filme de Alan Crosland. A cor somente começou a chegar ao cinema em 1932. O cinema evoluiu rapidamente e hoje temos superproduções que utilizam efeitos especiais incríveis, conseguidos a partir do computador.
No Brasil, a primeira sessão pública de cinema é realizada no Rio de Janeiro em 1896. De lá para cá o nosso cinema evoluiu muito.
O cinema utiliza muitos recursos provenientes das artes visuais, mas há processos que são exclusivos da produção de filmes. Enquadramento, composição, cor, luz e sombra são elementos que compõem o alfabeto cinematográfico, mas é importante compreender também outros conceitos:
Primeiro Plano: imagem bem próxima, como a de um rosto, por exemplo.
Plano Médio: uma pessoa quase de corpo inteiro.
Plano Geral: uma rua, uma paisagem, uma cidade.
Montagem: reunião por meio do corte e emendas das diversas partes filmadas, criando a continuidade e o ritmo da narrativa.

FILME DE ANIMAÇÃO: Você já deve conhecer uma brincadeira que se faz com desenhos colocados no cantinho do caderno escolar. As figuras apresentam pequenas modificações nos gestos e são colocadas cada uma em uma página. Quando seguramos firmemente o caderno e passamos as páginas, soltando-os rapidamente, temos a ilusão do movimento. Este é o princípio que deu origem ao filme de animação ou desenho animado, como é chamado.
Com a invenção do cinema, como vimos, foi possível decompor o movimento de uma figura em uma série de imagens sucessivas – os fotogramas. Quando estes fotogramas são projetados numa tela a uma velocidade de 24 imagens por segundo (como já vimos anteriormente) dão ao expectador a impressão do movimento. Isso porque nossos olhos retêm a imagem. Além dos filmes propriamente ditos, essa técnica permitiu a animação de desenhos, de figuras feitas em massa, de objetos e de bonecos.
Cada desenho é fotografado por uma máquina cinematográfica especial e revelado numa fita contínua. Na projeção, esse filme produz uma imagem na qual as figuras e objetos desenhados parecem mover-se como se fossem dotados de vida e mobilidade. Para cada 10 minutos de filme são necessários 14.000 fotogramas, ou seja, 4.000 desenhos diferentes.
O uso do computador facilitou muito o trabalho que era inicialmente todo manual. Hoje há programas especiais para a elaboração de animação por computador, o que permitiu uma grande expansão na produção.
O primeiro desenho animado de longa metragem foi “Branca de Neve e os Sete Anões”, feito em 1937, por Walt Disney.

TELEVISÃO: A televisão também herdou algumas características do cinema, mas sua possibilidade de transmitir “ao vivo”, simultaneamente ao acontecimento, no tempo presente e real, e sua praticidade de estar dentro dos lares, tornaram esse o meio mais poderoso de transmissão de informações, idéias e ideais.
A capacidade que a televisão tem de aglutinar e incorporar rapidamente inúmeros outros recursos de produção de informação, cultura e imagens, como teatro, música, dança, literatura, jornalismo, propaganda, esportes, cinema, vídeo, computação e fotografia, amplia suas possibilidades de comunicação. Por isso a televisão ultrapassa todos os limites do simples entretenimento e se transforma num fator fundamental ao panorama econômico, cultural e social da modernidade.
A história da televisão deve-se a grandes matemáticos e físicos, pertencentes às ciências exatas, que entregaram para as ciências humanas um grande e poderoso veículo.
Em 1817, o químico sueco Jakob Berzelius descobriu o Selênio, mas só 56 anos depois, em 1873, que o inglês Willoughby Smith comprovou que o Selênio possuía a propriedade de transformar energia luminosa em energia elétrica. Através desta descoberta foi possível a transmissão de imagens por meio de corrente elétrica.
Em março de 1935, emite-se oficialmente a televisão na Alemanha, e em novembro na França, sendo a Torre Eiffel o posto transmissor.
Em setembro de 1950, inaugura-se a TV Tupi de São Paulo, pertencente ao jornalista Assis Chateaubriand, dono dos Diários Associados, com sistema baseado no americano.
Nesses anos de desenvolvimento, a televisão brasileira passou a ser uma das melhores do mundo e transformou-se numa grande indústria cultural que exporta seus programas e suas telenovelas para inúmeros países.
A possibilidade de canais estrangeiros serem captados hoje em qualquer televisor doméstico intensifica a idéia de que o mundo transformou-se numa grande “aldeia”.
Entretanto nós, telespectadores, devemos ser muito esclarecidos e críticos para não nos deixarmos manipular e influenciar cegamente pelas idéias, modismos, valores e necessidade de consumo, veiculados pela televisão de forma tão sedutora.

IMAGENS FEITAS COM O COMPUTADOR: Estamos vivendo a era da informática. Tudo está sendo reconsiderado a partir da possibilidade de ser feito no computador. A arte também. Muitos artistas estão explorando as possibilidades de se produzir efeitos estéticos com o que chamamos de computação gráfica. Trata-se de uma ferramenta muito versátil na criação de imagens bidimensionais e tridimensionais, na multiplicação automática de desenhos, no envio e captação de imagens via internet, etc.
Há programas especiais que estão ao alcance de todos, mas exige muito treino, muita paciência, habilidade e tempo, pois fornecem milhares de figuras e infinitas possibilidades de transformação dessas figuras. A televisão e o cinema têm explorado bastante esses caminhos.
É bom lembrar que o computador, embora à primeira vista possa parecer uma máquina maravilhosa e capaz de criar imagens fantásticas, apenas realiza aquilo para o qual foi programado. Ele não substitui a sensibilidade, o conhecimento, a imaginação e a inventividade dos seres humanos. Nem invalida as outras técnicas artísticas que sobrevivem à passagem de milênios, sempre renovadas pela nossa criatividade.

 

1ª SÉRIE - 1ª UNIDADE - TEXTO 3 - 2013

Refletindo sobre a Arte
                                                                   (baseado em texto de Jô Oliveira e Lucília Garcez)

Entre todas as linguagens, a arte é a linguagem de um idioma que desconhece fronteiras, etnias, credos, épocas. Seja a linguagem das obras de arte daqui, seja de outros lugares, de hoje, ontem, ou daqueles que estão por vir, traz em si a qualidade de ser a linguagem cuja leitura e produção existe em todo o mundo e para todo mundo.
Pensar a arte é, então, pensar na leitura e produção na linguagem da arte, o que, por assim dizer, é um modo único de despertar a consciência e novos modos de sensibilidade. Isso pode nos tornar mais sábios, seja sobre nós mesmos, o mundo ou as coisas do mundo, seja sobre a própria linguagem da arte.
Como toda e qualquer linguagem, a arte tem códigos, e cada linguagem da arte tem seu código, isto é, um sistema estruturado de signos. Assim, o artista, no seu fazer artístico, opera com elementos da gramática da linguagem da arte com liberdade de criação, utilizando-os de forma incomum.
Desde a época em que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, etc., com a intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com os outros.
A Arte é uma forma de criação de linguagens – a linguagem visual (pintura, desenho, escultura, gravura, fotografia, cinema, etc), a linguagem musical (o canto e a música)e a linguagem cênica (teatro e dança), entre outras.
Toda linguagem artística é um modo singular de o homem refletir o seu estar-no-mundo. Quando o homem trabalha nessa linguagem, seu coração e sua mente atuam juntos em poética intimidade.
As obras de arte expressam um pensamento, uma visão do mundo e provocam uma forma de inquietação no observador, uma sensação especial, uma vontade de contemplar, uma admiração ou uma comunicação com a sensibilidade do artista. A esse conjunto de sensações chamamos de experiência estética.
O gosto e sensibilidade para apreciar a arte variam de pessoa para pessoa, de idade para idade, de região para região, de sociedade para sociedade, de época para época. Assim, as manifestações artísticas trazem a marca do tempo, do lugar e dos artistas que a criaram, pois refletem essa variação no conceito de beleza e na função do objeto artístico.

A arte é necessária: de tudo que observamos, pensamos e refletimos podemos concluir que a arte tem várias funções na sociedade e na cultura. Entre as funções da Arte, as principais são:

  1. Refletir, pensar, questionar: Como nunca pensei nisso? Como as coisas podem se vistas assim? O que isso representa? O que me diz?
  2. Distrair: que agradável observar uma obra tão bem feita!
  3. Usufruir do prazer estético: Como o artista soube usar bem o seu material! Que efeito interessante! Que idéia bem realizada!
  4. Fugir da realidade: E se as coisas fossem assim?
  5. Diminuir a solidão: Ele sente a mesma sensação que eu!
  6. Entender o ser humano: Como esse artista via o mundo de maneira diferente!
7. Conhecer o mundo: Quer dizer que essa forma de comunicação representa uma época? Um período estético?
8. Organizar, compreender os próprios sentimentos: que emoção estranha sinto com esse quadro! Será que estou gostando? Será que estou assustado com a imaginação do artista? Porque esse tema me incomoda?
9. Vivenciar outras realidades: Esse quadro parece que saiu de um pesadelo! Como ele pensou nisso?
10. Conhecer outra forma de ver o mundo: E eu que nunca tinha pensado assim!   

A experiência estética que a arte proporciona é uma forma de felicidade muito especial, porque é transformadora. Ela nos modifica pela emoção que proporciona. Para interagir e apreciar a arte usamos: experiências anteriores, percepção, habilidades comunicativas, visuais e espaciais; informações; sensibilidade; imaginação. Assim, quanto mais desenvolvemos estas capacidades, competências e habilidades mais nos aproximamos do mundo da arte.

Para entender a arte dependemos de algumas habilidades:

1. Observação: é uma habilidade que depende de olhar com interesse dirigido, examinar minuciosamente, focalizar a atenção, concentrar o pensamento e os sentidos com vontade de ver, de aprender, de perceber os detalhes significativos. É como usar uma lente de aumento sobre algum objeto.

2. Memorização: a memória visual é a capacidade de registrar com certa precisão aquilo que foi observado, de forma que, passando algum tempo, seja possível relembrar o que foi visto.

3.  Análise e Síntese: A observação e a memória trabalham juntas nos procedimentos de análise. Analisar é desenvolver e aprofundar a observação. De uma percepção mais geral, o analista segue para a decomposição das partes do objeto observado. Para isso utiliza-se de um método apropriado a cada objetivo. O método é uma espécie de roteiro a ser seguido na análise dos elementos que compõem o objeto.
Alguns exemplos desses elementos: cor, forma, textura, durabilidade, utilidade, etc.
Todos esses fatores se combinam e são orientados pelo gosto pessoal no momento em que precisamos analisar algum objeto. Usamos então esses elementos como argumento, ou seja, para fundamentar apreciação do tal objeto em análise. Essa análise leva a uma conclusão que chamamos síntese: é a essência da observação do objeto.

4. Orientação Espacial / Sentido de dimensão
Para utilizar a orientação espacial precisamos observar os espaços, memorizar direções e posições relativas a outras, bem como fixar pontos de referência para facilitar a localização.
Outra habilidade associada a essa orientação espacial é a percepção das dimensões, dos volumes, ou seja, do tamanho dos objetos.
O sentido da dimensão é a capacidade de avaliar a olho nu as dimensões dos espaços, das construções, dos objetos e de confrontá-los considerando as suas proporções.

5. Pensamento Lógico: Focalizamos as habilidades que nos asseguram uma percepção mais exata da realidade: a observação, a análise, a síntese, a orientação e o sentido de dimensão. Todas elas estão relacionadas à percepção da realidade. Dependem muito, portanto, do pensamento lógico: Vamos do geral para o particular, do particular para o geral, outra vez do geral para o particular e formulamos uma síntese do todo. Essa síntese tem explicação, fundamento, justificativa, argumentos que conduzem o pensamento numa determinada direção.

6. Pensamento Criativo: caminha por trajetos diferentes dos percursos do nosso pensamento lógico. Mais isso não quer dizer que a imaginação seja autônoma, que não precise de informação.
Quanto mais conhecemos, mais nossa imaginação tem material para trabalhar. Os artistas são, em geral, pessoas bem informadas, que conhecem profundamente a técnica que usam e o mundo que querem representar ou expressar por meio de suas criações. Quando os artistas trabalham com a imaginação estão também trabalhando com as informações que têm da realidade e de alguma forma estão fazendo alterações surpreendentes, engraçadas, assustadoras, envolventes, sobre estas informações.
Geralmente associamos a imaginação ao devaneio (sonho), à divagação (“viagem”) e à distração, mas o testemunho de artistas é de que a imaginação é uma forma de trabalho. Às vezes vai por caminhos diferentes do lógico, da razão, do raciocínio, mas nem por isso deixa de ser um trabalho: um trabalho com a liberdade de pensamento.    










 

domingo, 19 de maio de 2013

3ª SÉRIE - TEXTO 1 - A ESTÉTICA CLÁSSICA E A POPULARIZAÇÃO DO BONITO


A beleza vem da emoção que temos diante de uma obra de arte quando percebemos o que o artista tenta transmitir. A beleza vem também da sensação de conseguirmos ver o mundo da maneira que pensamos ter sido a intenção do artista. O belo se constitui, assim, tanto por uma emoção despertada como por sua correspondência com uma ideia transmitida.
E de onde veio essa ideia de “boniteza”, relacionada com o alegre, o agradável, o saudável? Isso teve origem na Grécia, na Antiguidade clássica, mais ou menos no século a.C., quando Atenas era uma cidade importantíssima. A arte que lá se fazia pretendia expressar um ideal de beleza e vida por meio de composições nas quais predominassem a harmonia, a simetria, o equilíbrio e a proporcionalidade. Foi essa arte que inspirou vários movimentos artísticos desde o Renascimento até a Idade Moderna. Por ser considerada um modelo, essa arte com seus critérios e princípios foi chamada de clássica e, pela importância que teve, acabou disseminando pelo mundo seu ideal de beleza, que passou a ser visto como universal. Assim, muitas pessoas passaram a julgar belas apenas as manifestações artísticas agradáveis, harmoniosas e que mostram o mundo não como ele é, mas como deveria ser.
Daí a se confundir beleza com critérios de aparência, com proporcionalidade de medidas e com equilíbrio de formas foi um passo. E, assim, passamos a misturar prazer estético que é a uma emoção profunda e sutil com o prazer de olhar ou ouvir formas e composições agradáveis. Essas idéias tiveram muito sucesso, popularizaram-se e, até hoje, muita gente pensa que o belo deve necessariamente ser harmonioso, agradável, saudável e alegre.
Alguns fatores vieram ainda consagrar a identificação da beleza com os padrões clássicos de harmonia, simetria e proporcionalidade. Um deles foi a indústria cultural, que acabou por popularizar esses conceitos. A fotografia, o cinema, o vídeo e a televisão perpetuaram esses ideais mesmo quando já ultrapassados em relação à arte e ao gosto da crítica.
Outro fator que contribuiu para que se associasse beleza a sensação de leveza e harmonia foi o desenvolvimento da indústria de lazer e do entretenimento. À medida que os espetáculos artísticos se estabeleceram em dias e horas de descanso e diversão, parecem ter adquirido como características a alegria, a distração e o disfarce das dificuldades e das imperfeições. Estava assim afastada a possibilidade de uma beleza que pudesse ser profunda, crítica e inquietante.
Escolas artísticas posteriores ao Classicismo, entretanto, defenderam o principio de uma beleza que pressupõe o agressivo, a desarmonia e até o disforme. Os artistas mostraram que, muitas vezes, a desordem e o desequilíbrio são mais capazes de transmitir emoções e estimular o pensamento crítico do que as composições que procuram submeter a realidade a um ideal. Será possível falar de guerra, de revolução e da sensação que despertam através de imagens nas quais predominam o equilíbrio e a harmonia? Mesmo que seja possível, a beleza não resulta desses princípios, mas da transformação de uma forma peculiar de ver e interpretar o mundo, da ideia que, transposta para a obra, se reconstitui na mente do espectador – parte integrante da arte.
O que é belo é uma qualidade das obras de arte, que desperta uma emoção à qual estão associados os sentimentos e as ideias do artista e a identidade que ele é capaz de estabelecer com o público. Que essa emoção resulte de uma composição aparentemente bonita ou feia, isso é secundário, está relacionado com o movimento artístico ao qual o artista pertence e com a ideia que ele quer transmitir. A emoção do belo depende de vários fatores, como nossa cultura e nossa geração, e não está restrita àquelas manifestações que, comumente, consideramos bonitas. A beleza sentida como emoção despertada por uma ideia e uma interpretação do mundo que somos capazes de captar, pode ser transmitida por imagens fortes e até desagradáveis em sua aparência.
Quando conseguimos identificar como estética a emoção que uma obra nos desperta, esse momento constitui o que Frederico Morais chamou de insight. Embora nossa percepção venha de impressões obtidas no momento em que uma obra nos é apresentada, o deleite que ela proporciona pode vir com o tempo, de um saborear demorado, de uma espécie de degustação. À vezes esse momento chega depois de certas experiências e aprendizados e até de fatos que nos tornam mais sensíveis a certas emoções. 
O que caracteriza a arte é principalmente, a emoção estética que ela desperta, emoção que depende da nossa sensibilidade moldada pelo meio social e pela cultura na qual vivemos.
A capacidade humana de reconhecer a emoção que vem da forma, do som, da cor, da harmonia de um gesto, ou da capacidade de expressão de um rosto foi se desenvolvendo aos poucos. Nas sociedades mais antigas, essas emoções estavam misturadas a outras que diziam respeito, por exemplo, à emoção e ao poder. A emoção que um egípcio sentia diante das pirâmides vinha, provavelmente, tanto de sua forma como de sua devoção aos deuses e do respeito que lhe inspirava o faraó. Com o passar do tempo, o homem começou a perceber que essas emoções têm origem e natureza diferentes de outros sentimentos, passando então a distinguir o prazer que vem da beleza de outros que as coisas do mundo podem despertar, como por exemplo, o prazer de fazer o bem. Ao contrário dos egípcios antigos, nós podemos ver beleza em um templo, independente de nossa crença, apenas pela sua contemplação estética.
Os gregos foram os primeiros a deixar registrado o reconhecimento da emoção que vem da beleza e a consciência de sua particularidade. Foram eles também que criaram a estética, ciência que estuda o belo e que reflete sobre as características e condições de beleza. Assim desenvolveu-se o conceito de arte, nome que se dá genericamente àquilo que o homem produz com a intenção de provocar admiração e emoção estética através do uso de recursos formais das diversas linguagens humanas. 
A capacidade humana de distinguir e apreciar a beleza em si, independentemente de outras qualidades que as coisas, as pessoas e o mundo possam ter, data de quatro mil anos, de acordo com os vestígios que temos das civilizações passadas. Em razão disso, arqueólogos suspeitam que as pinturas das cavernas pré-históricas criadas muito antes disso, tenham sido feitas para rituais ou por motivos religiosos, ou seja, para homenagear os deuses e suplicar por favores e graças, e não para serem admiradas como arte.
A consciência do significado de beleza e da estética, conquistas do pensamento grego, ficou como herança para os povos que tiveram contato com essas civilizações antigas ou com aquilo que elas legaram e que, em razão desse compartilhamento, compõem uma vasta cultura comum que chamamos de civilização ocidental. Esses povos, tendo desenvolvido a capacidade de perceber a qualidade estética do mundo, começaram a selecionar imagens, objetos e sons que pareciam despertar-lhes maior encantamento. Pinturas, músicas, encenações teatrais, danças, nas quais era perceptível a intenção de criar beleza e emocionar esteticamente, foram consideradas arte. Diante dessa consciência da função estética, as demais funções dessas manifestações, como entender o público, homenagear os deuses e instruir a população, passaram a ser secundárias. É por isso que, quando falamos de arte, estamos nos referindo, na maioria das vezes, a essa tradição ocidental que seleciona ao longo da história obras – objetos, músicas, literatura, formas arquitetônicas – julgadas exemplares de acordo com o gosto de cada época.
A dinâmica da arte depende das transformações históricas, da popularização dos estilos e do próprio desenvolvimento dos artistas. Portanto, além de variar de uma pessoa para outra, o prazer estético transforma-se ao longo da nossa existência e aquilo que nos encantava numa época pode depois se tornar menos belo e, para as gerações seguintes, muitas vezes, ultrapassado.
É importante considerar ainda que a sociedade, até dois séculos atrás, era menor, mais simples, e as pessoas conviviam umas com as outras de forma mais constante e por mais tempo. Atualmente, as sociedades são mais diversificadas, as pessoas convivem com muitos grupos diferentes em idade, sexo, interesse e riqueza, cada um deles com seus próprios modelos. Assim, há hoje dificuldade muito maior em se estabelecer um único critério de validade para o que é belo, mesmo para aqueles que vivem numa mesma época.
É justamente porque os critérios estéticos são variáveis no tempo e no espaço que cada época procura eleger aquilo que melhor representa a arte de seu tempo. É esse modelo que guia os artistas e muitas vezes o público. Porém, mesmo com todo o apoio da crítica, das escolas, dos governos, esse modelo aos poucos perde sua identidade com a realidade; ou porque ela mudou ou porque o modelo perdeu seu poder expressivo.
Sabemos então que, embora a emoção estética varie de uma pessoa para outra, de um grupo para outro e de uma época para outra, cada período histórico elege um movimento e uma produção artística como representativa não só de seus princípios estéticos como da cultura vigente. Esse movimento se transforma em modelo e atinge certa unanimidade, mesmo porque acabamos introjetando esses valores em casa, na escola e em outras situações nas quais entramos em contato com eles. Dissemos também que a vigência desse modelo se rompe em razão das transformações sociais, de certo “cansaço” do público, dos próprios artistas, e até mesmo como resultado do desenvolvimento técnico-científico.
Glossário:  Disforme: monstruoso;      
                                                           
Texto baseado no livro “Questões de Arte”, de Cristina Costa.




domingo, 12 de maio de 2013

3ª SÉRIE - CALENDÁRIO DAS AVALIAÇÕES PARCIAIS


CALENDÁRIO
TURMAS
DATAS
HORÁRIOS
3M09
15/05/2013
3º horário
3M10
20/05/2013
1º horário
3M11
20/05/2013
2º horário
3M12
23/05/2013
5º horário
3M13
17/05/2013
1º horário
3M14
17/05/2013
3º horário
3M15
23/05/2013
2º horário
3M16
15/05/2013
5º horário
3M17
17/05/2013
4º horário