"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." (Auguste Rodin)

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

GRUPO TINDOLELÊ: O Baile do Menino Deus 2012 no Colégio Thales (07/12/12 e 20/12/2012)


O Grupo Tindolelê é o grupo de teatro formado por alunos e ex-alunos do Colégio Estadual Thales de Azevedo e coordenado pelas professoras de Arte Marília Curvelo e Sônia Moraes.


Abertura: Romã, Romã

Cena do consentimento de Maria e José para a realização do Baile

José e Maria

Maria e borboletas




O Boi


Grupo Tindolelê 2012











GRUPO TINDOLELÊ: O Baile do Menino Deus 2012 no Teatro Eva Herz, na Livraria Cultura ( 11/12/2012)


O BAILE DO MENINO DEUS: RELEASE

“O Baile do Menino Deus” foi escrito por Ronaldo Brito e Assis Lima e faz parte da trilogia “Festas Brasileiras”. Este auto de natal conta a história de cinco crianças e um Mateus (personagem central do reisado) que saem em busca da casa santa para organizar um baile em homenagem ao menino que nasceu, percorrendo várias manifestações populares como o reisado, caboclinhos, pastorinhas, ciganas, boi-bumbá e burrinha.

O Grupo de teatro Tindolelê é um projeto desenvolvido no Colégio Estadual Thales de Azevedo pelas professoras de arte Marília Curvelo e Sônia Moraes, com alunos das 1ª, 2ª e 3ª séries do Ensino Médio desde 2008, com diversas apresentações em 2008 e 2009.

A produção desse espetáculo especificamente este ano, após 115 dias de greve dos professores pode e deve ser compreendida como uma tentativa de resistência e tenacidade perante as inúmeras dificuldades que vivemos em relação à Arte nas escolas públicas, especialmente a desvalorização e descrédito. Em um momento tão difícil para a categoria dos professores e, porque não dizer, também para os nossos estudantes, trabalharmos juntos, por opção, professores e estudantes, integrados em um projeto artístico de qualidade, pode fazer a diferença tanto nas suas vidas quanto na nossa vida enquanto docentes. Acreditamos que, se não recebemos o reconhecimento, estímulo e condições de trabalho necessárias, que nos dê ânimo e entusiasmo no exercício de nossa profissão através do governo do estado ou da sociedade, temos de criar estratégias que funcionem como brechas, para que possamos nos nutrir e nutrir a vida desses estudantes com Arte, muita e muita Arte. Temos certeza que este exemplo de determinação, talento e entusiasmo de nossos estudantes tocou os corações de toda a unidade escolar e todos que assistiram o espetáculo. Esse foi o nosso presente do Natal de 2012 para toda a comunidade. 

Meninos e Mateus


Santos Reis do Oriente (Reis Magos)

Dança do Anjo Bom


Ciganinhas

O Boi


Grupo Tindolelê






sábado, 26 de janeiro de 2013

EXPOSIÇÃO DE MÁRIO CRAVO JR.


No dia 25 de janeiro, às 19h, o Palacete das Artes inaugurou a exposição de Mario Cravo Jr. comemorativa aos 90 anos do artista, o maior expoente do movimento de arte moderna da Bahia nos anos 40 e 50, um dos mais importantes artistas da nossa terra. A mostra, promovida pela Secult/Bahia, através da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio–IPAC é composta por 62 esculturas e tem a curadoria de Murilo Ribeiro, artista plástico e diretor do Palacete, o apoio de Ivan Cravo, presidente da Fundação Mário Cravo e de Isabela Oliveira, assessora do artista. A exposição fica aberta ao público até o final do mês de abril, de terça a domingo, incluindo feriados, com entrada gratuita.
Escultor reconhecido internacionalmente, Mario Cravo, do mesmo modo que seus contemporâneos Carybé e Jorge Amado, imprimiu em sua obra, neste período, a essência do povo, suas tradições e crenças, seus costumes e mitos. Artista nato, jovem talentoso, homem falante, criativo e agitador, no melhor dos sentidos, Mario Cravo foi do barro para o gesso e daí para a pedra sabão, aço, sucata, alumínio, resina, plástico, enfim, todo material que pudesse trabalhar. Sem manter uma unidade temática, os temas baianos dão lugar às formas orgânicas e vegetais que beiram a abstração a partir do final dos anos 60. Com esculturas de grande porte, como a Fonte da Rampa do Mercado, ao lado do Elevador Lacerda, seu trabalho marca Salvador, na Bahia, a sua cidade natal, e com ela se confunde. As diversas exposições ao ar livre que realizou, muitas de caráter lúdico, demonstram sua preocupação em integrar a obra ao meio e ao público - e isto move o espírito vanguardista e pesquisador de um dos maiores, senão o maior, escultor brasileiro do século XX.
Sobre Mario Cravo, o curador da mostra, Murilo Ribeiro ressaltou a “figura do guerreiro, irreverente, mágico, malabarista, generoso em compartilhar sua obra com a cidade, alquimista de técnicas variadas, catalisador do modernismo na Bahia.” E lembra que Mario “é mais forte e intenso que o fogo que destruiu o Mercado Modelo e que na madeira queimada esculpiu gigantescos Cristos crucificados, verdadeira ressureição em cruzes calcinadas e o fogo sendo superado por seu gênio criador”.
Em Salvador, o Governo da Bahia, através da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia -CONDER, da Secretaria do Meio Ambiente e da Secretaria de Cultura-Secult/ BA /IPAC, apoia a Fundação Mario Cravo, que tem sua sede no Parque de Pituaçu. Do seu acervo fazem parte esculturas do artista, documentos e imagens, além de desenhos, esboços e pinturas. 
VIDA E ARTE DE MARIO CRAVO
Mario Cravo fez suas primeiras experiências em desenho, gravura e escultura como autodidata no final da década de 30, época em que viajou pelo interior do nordeste, tomando contato com pinturas rupestres e manifestações culturais afro-brasileiras. Mais tarde, foi trabalhar na oficina de Pedro Ferreira, considerado o último dos santeiros baianos e já em 43 realizou sua primeira exposição, na Bahia.
Em 46 vai morar no Rio de Janeiro, trabalhando com o escultor Humberto Cozzo. No ano seguinte, Cravo estuda na Universidade de Syracuse, nos EUA, com o escultor iugoslavo Ivan Mestrovic, que foi discípulo de Rodin, e em homenagem a quem batizou o seu filho primogênito, Ivan Cravo, hoje presidente da Fundação Mario Cravo. A seguir, passa a morar em Nova York, onde permanece até 1949, fazendo grandes trabalhos em gesso e entrando em contato com o maestro Villa Lobos e Lipchitz, entre outras figuras importantes da época. Ao retornar a Salvador monta um atelier-oficina no largo da Barra, centro do movimento de arte moderna na cidade, local onde se reuniam Carlos Bastos, Carybé, Jenner Augusto, Genaro de Carvalho, Rubem Valentim e muitos outros artistas responsáveis pela renovação do cenário artístico local.
Em 1951, Mário Cravo ganha o prêmio jovem aquisição na I Bienal de São Paulo e passa a ser reconhecido no resto do país. Em 1955, é novamente premiado na III Bienal e recebe ainda o 1o. Prêmio no Salão de Arte Moderna de São Paulo. Neste mesmo ano, o escultor defende tese e torna-se catedrático da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia. Em 1960, é escolhido para representar o Brasil na XXX Bienal de Veneza.
Em 1964, a convite do Senado de Berlim e da Fundação Ford, permanece um ano na Alemanha como escultor residente; viajando depois para os Estados Unidos, onde realiza exposições em Washington, além de conferências a respeito do ensino da arte em universidades americanas. Quando retorna novamente ao Brasil, assume a direção do MAM e do Museu de Arte Popular da Bahia.
Mario Cravo tem obras em diversos espaços públicos de Salvador e no acervo de instituições como o MoMA de New York, o Hermitage, de São Petersburgo/Rússia, o Museu de Belas Artes em Berlim. o Museu de Arte de São Paulo, o Museu de Arte da Pampulha/MG, o Museu de Arte Moderna/Ba , o Instituto de Belas Artes de Porto Alegre/RS, Museu Carlos Costa Pinto/BA. Em 1999, executa a “Cruz Caída”, no Belvedere da Sé, para a Prefeitura de Salvador, uma escultura monumental em aço inox, com 12 metros de altura, comemorativa aos 450 anos da fundação da Cidade de Salvador.

Serviço
O que : Mário Cravo  Esculturas
Quando: de 25 de janeiro de 2013 até final de abril
Onde: Palacete das Artes, Rua da Graça, 284
Realização: Palacete das Artes, DIMUS/IPAC/Secult/BA
GRATUITO
 FOTOS: MÁRCIO LIMA
Jornalista responsável : Susana Serravalle
Ass. De Comunicação e Relacionamento
Palacete das Artes
55-71-3117-6997/ 6983

FONTES:
MURILO RIBEIRO (71) 3117-6982/ 3117-6997/
IVAN CRAVO (71) 9216-4713

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

3ª Série - EXPRESSIONISMO - 4ª Unidade


A palavra expressionismo pode ser aplicado em qualquer momento da história da arte para designar a obra que abandona as idéias tradicionais e expressa a emoção do artista através de deformações e exageros de forma e cor. O artista expressionista não retrata apenas o que ele vê, retrata também o que ele sente em relação ao fato que está presenciando, podendo para isso até deformar figuras.
A palavra expressionismo também foi utilizada para denominar uma tendência da arte européia moderna que predominou na arte alemã de 1905 a 1930 aproximadamente. Essa tendência pode ser vista como uma reação ao Impressionismo, que apenas se preocupava com as sensações de luz e cor e não com problemas vividos pela sociedade da época. O Expressionismo tinha como objetivo expressar as emoções e angústias do homem do início do século XX.
O Expressionismo é a arte do instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando” sentimentos humanos. Utilizando cores patéticas, dá forma plástica ao amor, ao ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a figura, para ressaltar o sentimento.
Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais.
Principais características:
  •  pesquisa no domínio psicológico;
  • cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
  •  dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
  •  pasta grossa, martelada, áspera;
  •  técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
  •  preferência pelo patético, trágico e sombrio; 

OBSERVAÇÃO: Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe. Os três primeiros pintores abaixo estão incluídos nessa designação.

Principais artistas:

Gauguin (1848 – 1903) ligou-se ao Impressionismo e participou da quinta exposição coletiva desse movimento, em 1884, seus quadros já superaram, em alguns aspectos, a tendência impressionista: a tinta começa a ser usada pura, em áreas de cor bem definidas, os objetos passam a ser coloridos de modo arbitrário e a representação deixa de ser tridimensional.
Na década de 1890, ele viveu no Taiti e produziu uma série de telas que constitui a parte mais conhecida de sua obra. Seus quadros dessa época registram o espaço natural e a vida simples das pessoas livres do peso da civilização ocidental. Era um dos poucos amigos de Van Gogh.
Obra Destacada: Jovens Taitianas com Flores de Manga.

Cézanne (1839 – 1906) teve o início de sua carreira ligado ao movimento impressionista. Mas não tardou muito para que sua pintura tomasse outros rumos. Ele não se preocupava em registrar o aspecto passageiro de um momento provocado pela constante mudança da luz solar, como defendiam os impressionistas.
A partir da obra O Castelo de Médan se deu o rompimento com o grupo impressionista, pois a tendência de Cézanne em converter os elementos naturais em figuras geométricas - como cilindros, cones e esferas - acentua-se cada vez mais, de tal forma que se torna impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos.
Obras Destacadas: Castelo de Médan e Madame Cézanne

Van Gogh -  (1853 – 1890) empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura. Foi uma pessoa solitária. Interessou-se pelo trabalho de Gauguim, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos de luz e usar zonas de cores bem definidas.
Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidade do sul da França, onde passou a pintar ao ar livre. O sol intenso da região mediterrânea interferiu em sua pintura, e ele libertou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores, declarando-se um colorista arbitrário. Apaixonou-se então pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matização, pois elas tinham para ele a função de representar emoções. Entretanto ele passou por várias crises nervosas e, depois de internações e tratamentos médicos, dirigiu-se, em maio de 1890, para Anvers, uma cidade tranqüila ao norte da França. Nessa época, em três meses apenas, pintou cerca de oitenta telas com cores fortes e retorcidas. Em julho do mesmo ano, ele suicidou-se, deixando uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras. Enquanto viveu não foi reconhecido pelo público nem pelo críticos, que não souberam ver em sua obra os primeiros passos em direção à arte moderna, nem compreender o esforço para libertar a beleza dos seres por meio de uma explosão de cores.
Obras Destacadas: Trigal com Corvos e Café à Noite.

Toulouse-Lautrec – (1864 – 1901) o que caracteriza a pintura de Toulouse-Lautrec é a capacidade de síntese, o contorno expressivo das figuras e a dinâmica da realidade representada. Quanto a temática, seus quadros afastam-se da natureza e voltam-se para os ambientes interiores: o circo, o bordel, o bar. A natureza, quando aparece, é mero cenário, apresentado de forma imprecisa, pois não merece do pintor o mesmo cuidado com que procura recriar o drama pessoal de seus contemporâneos.
Toulouse-Lautrec soube captar em sua pintura, como nenhum outro artista, a sociedade e o ser humano para além da aparência de felicidade, sentimento quase obrigatório nos últimos anos do século XIX, alegremente chamados de “belle époque”.
Pintava temas pertencentes à vida noturna de Paris, e também foi responsável pelos cartazes das artistas que se apresentavam no Moulin Rouge. Boêmio, morreu jovem.
Obra Destacada: Ivette Guilbert que Saúda o Público.

Munch – (1863 – 1944) É considerado, por muitos estudiosos das artes plásticas, como um dos artistas que iniciaram o expressionismo na Alemanha.
Estilo artístico:
- Abordagem de temas relacionados aos sentimentos e tragédias humanas (angústia, morte, depressão, saudade).
- Pintura de imagens desfiguradas, passando uma sensação de angústia e desespero.
- Forte expressividade no rosto das personagens retratadas.
- Pintura de figuras marcadas por fortes atitudes.
Sua obra O Grito é um exemplo dos temas que sensibilizaram os artistas ligados a essa tendência. Nela a figura humana não apresenta sua linhas reais mas contorce-se sob o efeito de suas emoções. As linhas sinuosas do céu e da água, e a linha diagonal da ponte, conduzem o olhar do observador para a boca da figura que se abre num grito perturbador.
Obras: A Criança Doente e o Grito

Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.

3ª Série - IMPRESSIONISMO - 4ª Unidade


O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX.
O movimento impressionista foi idealizado nas reuniões com seus principais pintores e elas aconteciam no estúdio fotográfico de Nadar, na Rua de Capucines, Paris.
Os pintores impressionistas procuraram, a partir da observação direta do efeito da luz solar sobre os objetos, registrar em suas telas as constantes alterações que essa luz provoca nas cores da natureza.
Na realidade, não houve nenhuma teoria que orientasse a criação artística desses pintores. Havia apenas algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.
Como movimento ou escola de pintura, no sentido usual que se costuma dar a esta expressão, o impressionismo apareceu em 1874, Paris. Foi apresentado por um grupo de artistas na maior parte ainda jovens e desconhecidos do grande público, filiados diretamente aos realistas e, mais remotamente, às liberdades colorido dos românticos, especialmente de Delacroix e de Corot, não encontraram por isso mesmo facilidade de expor no Salão de Paris. Na época, controlado pelos mestres da escola de belas-artes, o Salão de Paris constituía a única oportunidade para revelação e consagração de um artista, pois ainda não se haviam multiplicado e diversificado os meios de comunicação do artista com o público, desde numerosas galerias, salões independentes e bienais, como acontece nos nossos dias.
Em face da sistemática recusa dos júris conservadores do Salão de Paris e do isolamento em que viviam do grande público, numerosos artistas independentes resolveram organizar-se numa associação profissional, com o objetivo de promover exposições coletivas das obras dos associados. A ideia partiu de um deles, Claude Monet, mais tarde reconhecido chefe da nova escola de pintura.
A 15 de abril de 1874 entre dificuldades fáceis de imaginar, a cooperativa realizava a sua primeira exposição coletiva, nas salas do atelier do fotógrafo Felix Nadar. Foi a primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.
Entre os expositores estavam Renoir, Degas, Pissarro, Cézanne, Sisley, Monet e Morisot. Só na década seguinte é que os impressionistas começaram a ser compreendidos. Após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o governo francês criou, em Paris, o Museu Jeu de Paume, conhecido também como Museu dos Impressionistas.


Principais Características:
  •   A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
  • As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
  • As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
  •  Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
  • As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.
 Principais artistas:

  • Claude Monet (1840-1926), sua grande preocupação são as pesquisas com a luz solar refletida nos seres humanos e na natureza.
Incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade.
O quadro Mulheres no Jardim, de Monet, foi pintado totalmente ao ar livre e sempre com a luz do sol. São cenas do jardim da casa do artista.
Obras Destacadas: Mulheres no Jardim e a Catedral de Rouen em Pleno Sol.

Outras obras: A floresta em Fontainebleu, A Ponte Japonesa, Harmonia Rosa, Etc.


Essa forma de pintar teve início com Édouard Manet (1832-1883). Ele utilizou em suas obras cores vibrantes e luminosas, abandonando o método acadêmico de suaves graduações de cores.
A carreira de Édouard Manet foi marcada por alguns desafios à crítica conservadora. É verdade que alguma de suas obras não se afastavam das normas clássicas da pintura, tendo sido aceitas sem polêmicas.
Em 1863 Manet enviou para o Salão Oficial dos Artistas Franceses a obra Almoço sobre a Relva, quadro que foi rejeitado e severamente criticado pelo comitê de seleção do salão, pois rompia com os critérios morais da época. Entretanto, como muitos quadros de outros artistas também não foram aceitos, os autores recorreram ao imperador Napoleão III, que determinou a montagem de uma exposição paralela à oficial e que se chamou Salão dos Recusados.
Esse quadro de Manet causou um grande escândalo na época por representar uma mulher nua em companhia de dois homens elegantemente vestidos.
Obras: O Balcão, Claude Monet pintando em seu Barco-Estúdio
  •   Renoir - foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas.
  • Le Moulin de La Galette era um café em Paris onde se dançava ao ar livre, sob as árvores e a luz natural do jardim. Com pinceladas coloridas nas roupas das pessoas, o pintor mostra diferentes modos de os tecidos refletirem a luz que ilumina a cena. Além disso, com linhas e cores, ele consegue sugerir não apenas o movimento da dança, mas também o ambiente alegre em que as pessoas se divertem.
Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière.
  •  Degas - sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados. 
A contribuição mais importante de Degas para a pintura moderna é a angulação oblíqua e o enquadramento das cenas, com objetos e pessoas em primeiro plano, o que dá maior profundidade ä composição. Essa característica revela a grande influência que a fotografia exerceu sobre ele. É inegável, a semelhança de muitos de seus quadros com fotografias instantâneas, pois as pessoas são pintadas como se estivessem sido imobilizadas em plena ação que realizam, despreocupadas com a presença do artista.Além de um grande pintor – participou de sete das exposições impressionistas, também modelou uma série de esculturas a partir de 1880. Entretanto, apenas uma delas foi exposta, Bailarina de Quatorze Anos, em 1881, no sexto Salão Impressionista. Degas vestiu essa escultura com um saiote de bailarina e na cabeça colocou uma fita , o que causou um grande impacto no público.Depois da morte de Degas, 74 esculturas, principalmente em cera, foram encontradas em seu estúdio. Por serem demasiadamente frágeis, essas esculturas foram modeladas em bronze e muitas delas serviram de modelo para outros escultores. Degas foi reconhecido como um grande escultor do século XIX, porém suas esculturas não são tão conhecidas como as de Auguste Rodin.
Obras: O Ensaio, Dançarinas atando as sapatilhas, A primeira bailarina, A aula de dança, Quatro bailarinas, etc.
  •  Eliseu Visconti (Brasileiro) - ele já não se preocupa mais em imitar modelos clássicos; procura, decididamente, registrar os efeitos da luz solar nos objetivos e seres humanos que retrata em suas telas. Ganhou uma viagem à Europa, onde teve contato com a obra dos impressionistas. A influência que recebeu desses artistas foi tão grande que ele é considerado o maior representante dessa tendência na pintura brasileira.
Obra destacada: Trigal.
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Referências:
PROENÇA, Graça. História da Arte. Ática. São Paulo. 2000.
_____________.Descobrindo a História da Arte. 1ª Ed. São Paulo. Ática. 2005.